sábado, 28 de junho de 2008

Capitão Romance

Este espaço começou por se chamar Pérolas dos Anos 80 mas achei que o modelo se estava a esgotar. Não em termos de conteúdo, mas de forma. E mesmo apesar da abundância que os anos 80 representam em termos musicais, nem sempre é fácil conseguir achar naquele momento o clip pretendido ou até mesmo lembrar exactamente da música que se quer recordar. Para além de que é muito complicado encontrar êxitos em português publicáveis...

Por isso mesmo, optei por reestruturar esta rubrica para o originalísmo nome de... Greatest Hits! A partir de hoje, este acontecimento semanal serve para vos deixar com temas que, independentemente do ano de gravação, do artista - enfim -, do que quer que seja, me dizem alguma coisa. Com uma diferença: vou passar a reproduzir a letra juntamente com o clip de vídeo.

E vou começar com uma banda portuguesa: os Ornatos Violeta. Ficaram comercialmente conhecidos com «Ouvi Dizer», tema em que entra Vitor Espadinha, mas é com «Capitão Romance» que os Ornatos criaram a sua mais bela música de sempre. Pena é que este grupo portuense de rock alternativo se tenha separado em 2002, onze anos após o seu aparecimento. «Capitão Romance» integra o álbum «O Monstro Precisa de Amigos», lançado em 1999. A música é excepcional. A letra, magnífica.



Não vou procurar quem espero | Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas | Conto não voltar

Parto rumo à Primavera | Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz | Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem | Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem | Antes de morrer

Por querer mais do que a vida | Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada | Do que em mim tocou

Eu vi | Mas não agarrei

Parto rumo à maravilha | Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha | Paro p'ra sentir

E dar sentido à viagem | P'ra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem | Volto a partir em paz

Eu vi | Mas não agarrei

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Reflexão do dia

O Governo anunciou que vai construir novas prisões até 2013. Bem pensado. Assim, mudam-se os ministérios para lá em vez de irem para a Expo. Não só se poupam milhões de euros em rendas como também se arranja um espaço apropriado para quem (tão mal) nos tem vindo a governar e a gerir mandato após mandato.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Vamos ver os peixinhos? Chim!














Continuando dentro do tema dos aquários, o aniversário era do pai mas foi o filho (o "Djalmir") quem levou a maior prenda do dia: a primeira visita ao Oceanário de Lisboa. Como seria de esperar, ficou maravilhado. Mas não foi o único. Face ao que o Oceanário tem para ver, é impossível que também os graúdos não saiam de lá encantados...
















Algumas curiosidades sobre o Oceanário de Lisboa:

- Está assente sobre um conjunto de estacas que penetram o lodo em mais de 30 metros. Mesmo assim, as estacas não atingiram sequer o solo rochoso.
- A cobertura é composta por mais de mil janelas de vidro temperado e não se encontra ligada ao edifício; está suspensa por um conjunto de cabos de aço e de mastros.
- A espessura máxima das janelas do tanque central é de 27 cm.
- A colagem das janelas côncavas do tanque central obrigou à construção de estufas no local para que a temperatura se mantivesse estável a 80ºC, num processo que durou 10 dias.
- A linha de visão através do tanque central entre dois habitats, colocados em cantos diagonalmente oposto do edifício, atinge os 70 metros de comprimento.
- Na decoração do tanque central e do habitat do Índico foram utilizadas cerca de 75 mil peças de coral artificial.
- O espaço contém mais de 7.000 m3 de água salgada dividida por 30 aquários.
- O número total de animais e plantas ultrapassa os 15 mil, divididos por mais de 470 espécies diferentes.
- Todos os meses são produzidos 500 mil litros de água salgada. A quantidade de sal utilizada por mês para produzir esta água salgada é de 16,5 toneladas.
- São utilizados semanalmente cerca de 550 kg de comida entre os animais expostos e os que se encontram em quarentena.

Impressionante, não é? Igualmente impressionante é o peixe lua (bem visível na segunda imagem da sequência acima apresentada) que habita no tanque central. No link é possível obter mais informações sobre este enorme ser marinho, mas eu destaco deste já dois valores a reter: Até três metros de comprimento e 2,3 toneladas de peso... é obra! Deixo-vos com um pequeno vídeo que fiz em que é possível ver realmente a diferença entre o peixe lua e alguns dos (até ao seu aparecimento) maiores "hóspedes" do Oceanário de Lisboa.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A prova do meu fair play

É verdade que fomos eliminados pela Alemanha. É verdade que o golo decisivo da "Mannschaft" foi precedido de falta. É verdade que jogamos melhor e que dispusemos de oportunidades de golo em maior quantidade. E depois?

Sou obrigado a reconhecer que o povo alemão é, acima de tudo e à imagem do jogo com Portugal, pragmático. E um dos melhores exemplos que se lhes pode apontar é a forma como souberam dar a volta aos trágicos acontecimentos que terminaram em 1945. A cidade de Berlim é um case study dessa cultura. Uma cidade moderna, bonita, grande e hospitaleira. Por aquilo que conheço do país, sinto-me tentado a dizer que, por tudo isto, Berlim até nem devia fazer parte da Alemanha...

Tenho a sorte de ter visitado a cidade por três vezes, (infelizmente) sempre em trabalho. A última dessas vezes - para variar, com a HP :-) - foi no início de Junho. Regressei (curiosamente) no dia em que Portugal ganhou pela útima vez no Euro 2008. De qualquer modo, aqui fica um registo do meu fair play para mais tarde recordar...

















E, já agora, permitam-me que vos conte um fait-divers (ou "fight divers" - isso mesmo, mergulhadores em luta, como diria um tal de Telmo). Desta vez fiquei hospedado no The Westin Grand , um hotel que tem uma particularidade muito interessante: no centro do lobby , mesmo por cima da zona do check in, conta com um aquário de 25 metros de altura. No meio do aquário existe um elevador panorâmico que dá acesso ao último andar, no qual se situa um restaurante panorâmico com uma excelente vista sobre a cidade. Deixo uma imagem para aguçar o apetite!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pérola dos anos 80 - VIII

David Gilmour passou a ser a alma dos Pink Floyd após a saída litigiosa de Roger Waters. Dois anos volvidos, em 1987, era lançado A Momentary Lapse of Reason, o primeiro álbum da banda com David Gilmour na voz. Mas é principalmente com a guitarra - a sua guitarra de sempre, uma Fender Stratocaster - que ele "canta".

Nunca foi distinguido como o melhor guitarrista mas é reconhecido como um dos melhores executantes e compositores rock de sempre. Veja-se o solo de On The Turning Away, considerada como uma das melhores músicas da banda britânica. O vídeo faz parte de Delicate Sound of Thunder, gravado ao vivo e inicialmente comercializado em 1988 nesses saudosos suportes - o vinil de 33 rpm e o VHS.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

King Nothing















All the wants you waste
All the things you've chased

Then it all crashes down
And you break your crown
And you point your finger
But there's no one around

Just want one thing
Just to play the king
But the castle's crumbled
And you're left with just a name

Where's your crown, King Nothing?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O primeiro post "além fronteiras"

Cheguei hoje a Berlim e o mundo só pode estar mesmo ao contrário. Saio de Lisboa com 25 graus ao meio-dia e chego aqui com 30 graus às seis da tarde, a Holanda vence a Itália por 3 a 0... e o portátil que comprei há cerca de três anos já não é tão leve quanto me parecia ser na altura. Não deixa de ser ridículo que a mala do portátil pese mais do que a mala de viagem, certo?

domingo, 8 de junho de 2008

Pérola dos anos 80 - VI

Em jeito de homenagem aos reis do Metal, escolhi para esta semana o tema One, dos Metallica. Publicado em 1988 com o álbum ...And Justice for All, o primeiro trabalho de estúdio da banda após a trágica morte do baixista Cliff Burton, One tem uma letra baseada em factos verídicos e apresenta no teledisco imagens do filme Johnny Got His Gun, cujos direitos foram mesmo comprados pelos Metallica.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

True metal fans

Para quem gosta de metal, a noite que passou foi perfeita. Moonspell e Apocalyptica abriram as hostes, mas foram os Machine Head - que faziam a sua estreia no Rock in Rio - e os Metallica que não deixaram ninguém ficar parado. Os sempre bem dispostos Robb Flynn e James Hetfield encarregaram-se de puxar pelas 55 mil pessoas que assistiam e levaram as respectivas bandas a um total de três horas e meia de espectáculo.

Apesar de os Machine Head terem sido (para mim) a melhor banda da noite, sem dúvida que é impossível que acabem por ser ofuscados pelos Metallica por muito brilhante que tenha sido a sua prestação. A idade parece não contar; tocaram durante duas horas praticamente sem parar. Houve lugar para apenas um encore antes da recta final, em que tocaram Last Caress, So What (com os Machine Head em palco) e Seek And Destroy.

Numa palavra: Fenomenal.

Seek And Destroy


Davidian

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Quem o viu e quem o vê...

Ainda me lembro dos primeiros anos da SIC e do boicote que PdC decretou àquela a que se dirigia como a estação de Carnaxide (é como o Estádio Nacional, que neste caso continua a ser para PdC o Estádio de Oeiras). Jornalistas agredidos e impossibilitados de entrar nas instalações do Estádio das Antas, entre outras coisas tantas...
Esta noite, afinal lá estava PdC a falar em directo nos estúdios da estação de Carnaxide. Ou será que já consegue dizer SIC?

Ah coitadinhos, ganham tão mal...

Então não é que o Fisco está cortar na diária dos jogadores da Selecção?
De acordo com as novas tabelas de retenção do IRS, o prémio que os jogadores da Selecção Nacional recebem pela participação no Euro 2008 será reduzido. Cada jogador deveria receber 700 euros por dia, mas, descontando a verba a pagar ao Fisco e à Segurança Social, cada jogador vai afinal receber 395 euros por dia... diz a Lei Fiscal que, a partir de 10500 euros por mês, o desconto dos contribuintes para o IRS é de 32,5% e de 11% para a Segurança Social.

Relembro que se trata de um campeonado europeu de futebol no qual estes 23 senhores vão representar Portugal, tudo bem, mas com o qual se vão valorizar. Para além disso, continuam a receber o ordenado por parte dos seus próprios clubes. Eu quando vou para o estrangeiro em trabalho em representação da minha empresa - e no fundo, o meu País - não sou pago a mais para o fazer... mas pronto. É o chamado 8 ou 80.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

€uro 2008

Gostava que alguém me pudesse explicar por que razão é que os treinos da selecção de futebol têm de ser pagos. Ao que parece, os emigrantes, que esperaram com euforia a chegada da comitiva a Neuchâtel, têm de pagar 40 euros (no mercado paralelo, pois os bilhetes estão já esgotados, segundo consta) para ver os treinos dos seus ídolos... e a FPF vem desculpar-se com os elevados custos do hotel e mais não sei do quê.

Enfim, para não variar isto está a atingir a palhaçada do costume...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pérola dos anos 80 - V

Em 1986, uma banda de cinco músicos suecos liderada por Joey Tempest lançou o álbum The Final Countdown. Dele, saíu o single que lhe deu nome e que fez que o LP passasse meses e meses no primeiro lugar do top de vendas em vários países, incluindo Portugal.

Os Europe surgiram logo após a hegemonia de duas músicas curiosamente com o mesmo nome: The Power Of Love, dos Frankie Goes to Hollywood, em 1984, e depois de Jennifer Rush, em 1985, um tema que de resto viria a conhecer novamente sucesso pela voz de Celine Dion, em 1993. Curiosamente, e para relembrar as memórias mais esquecidas, pelo meio houve dois sucessos em menor escala mas que "colaram" ao primeiro lugar como uma lapa: We Are The World, da The Band Aid, e I Should Have Known Better, de Jim Diamond. Engraçado como hoje se fala nisto a uma distância de 30 anos e até pararece que foi ontem, não é?...

Pelas oito milhões de cópias que vendeu, The Final Contdown só pode ser considerada a música ícone do rock dos anos 80.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Até um dia, Tio Lopes

7/3/1930 - 23/5/2008.

Pérola dos anos 80 - IV

São uma das bandas percursoras do movimento New Wave of British Heavy Metal e seguramente a banda que melhor representa o rock britânico dos anos 80. Três anos após o acidente de carro que vitimou o baterista Rick Allen (ficou sem o braço esquerdo), os Deff Leppard lançaram em 1987 aquele que foi o seu mais bem sucedido álbum de sempre - Hysteria, que vendeu nada mais, nada menos, do que 18 milhões de cópias. Apesar de haver vários singles conhecidos que resultaram deste trabalho, tais como Animal, Love Bites ou Pour Sugar on Me, optei (por pura nostalgia) por aquele que dá nome ao álbum. Um grande tema para recordar mais uma vez a magia musical dos anos 80.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ó menina, repita lá que eu não percebi...

Diz a Sílvia Alberto num spot publicitário a um determinado banco português que «uma casa vale mais do que custa». Ó Sílvia, tudo bem que estás a fazer publicidade e foste paga para dizer isso, mas é muito feito mentir. A acreditar no que dizes, só se for a tua. É que a minha casa, à semelhança das casas de milhões de portugueses, claramente custa mais do que vale...

domingo, 18 de maio de 2008

Vamos mesmo salvar o planeta?!

No próximo dia 1 de Junho os tradicionais bilhetes de avião em papel vão dar lugar a 100% aos bilhetes electrónicos. Poupam-se assim 50 mil árvores por ano, defendem as companhias na sombra da Associação Internacional do Trasporte Aéreo (IATA). Pura demagogia. Eu digo que vão ser abatidas muitas mais. Uso e-tickets há anos e sei bem quantas folhas de papel tenho de imprimir antes de viajar. Primeiro, imprime-se o e-mail com as indicações, depois imprime-se o e-ticket propriamente dito. São, pelo menos, três folhas A4 que levo comigo para o check in.

O que realmente se poupa é dinheiro - nada mais, nada menos do que 2 mil milhões de euros por ano. É que processar um bilhete em papel custa 6 euros e processar um e-ticket custa apenas 60 cêntimos... agora, vamos ver até que ponto isso se vai reflectir nos preços dos bilhetes.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pérola dos anos 80 - III

O tema escolhido para esta semana remonta a 1989 e dá pelo nome de Epic. Para mim, é seguramente a melhor música dos Faith No More e não é por acaso que coincide com a entrada de Mike Patton na banda, o 'Sr Mil Vozes', que foi sem dúvida alguma a maior alavanca para o sucesso que os Faith No More conheceram até terem terminado em 1998. Patton participa hoje em vários projectos musicais, como é o caso dos Peeping Tom.

domingo, 11 de maio de 2008

Obrigado 'Maestro'

Enquanto benfiquista, não posso deixar de passar este dia em branco. Obrigado, Rui. Não só por tudo o que deste ao meu SLB, mas sobretudo por tudo o que deste a Portugal. Como este grande momento, no Euro 2004, entre muitos outros que é possível ir buscar ao baú das memórias.

sábado, 10 de maio de 2008

Os castigos do Apito Final

FC Porto: 6 pontos; 150 mil euros.

Pinto da Costa: 2 anos de suspensão; 10 mil euros.

Boavista: Descida de divisão; 180 mil euros.

João Loureiro: 4 anos de suspensão; 25 mil euros.

União de Leiria: Menos 3 pontos; 40 mil euros.

João Bartolomeu: 1 ano de suspensão; 4 mil euros.

Martins dos Santos (árbitro): 3 anos de suspensão.

Augusto Duarte (árbitro): 6 anos de suspensão.

Marinho Santos Silva (árbitro assistente): 2 anos e meio de suspensão.

Jacinto Paixão (árbitro): 4 anos de suspensão.

José Chilrito (árbitro): 2 anos e meio de suspensão.

Manuel Quadrado (árbitro): 2 anos e meio de suspensão.

Devo relembrar que estes castigos resultam de três anos de investigação. Agora, alguém me explique: mas que justiça é esta?! É que isto foi de tal forma mal gerido que o resultado final, visto aos olhos da UEFA, é apenas isto...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Quidam... que maravilha!

Muito tinha ouvido falar. E bem. Aproveitei para ver. Que noite maravilhosa passei. Valeu cada cêntimo gasto. Fico ansiosamente à espera do próximo espectáculo. Eis uma pequena (grande) amostra.

Pérola dos anos 80 - II

Alone, dos Heart. Do álbum Bad Animals, de 1987. Está tudo dito.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Pensamento do dia

Bebo porque sou egocêntrico. Adoro quando o mundo gira à minha volta...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Falta um mês!

Há cerca de dois meses, dizia eu que já ca canta o bilhete para a edição de 2008 do Rock in Rio, mais precisamente para o dia 5 de Junho. Pois hoje falta apenas um mês para esse dia megalómano. Toca lá a comprar esses bilhetes! E nunca é demais relembrar os cabeças de cartaz:
Metallica
Machine Head
Apocalyptica
Moonspell

sábado, 3 de maio de 2008

Quero agradecer a...

O Djamir, o Camisola 9 foi galardoado com um selo de elevada responsabilidade, e ainda por cima atribuído pelos GandasMalukos, a quem eu desde já envio os meus cumprimentos. No entanto, devo salientar alguns aspectos sobre este prémio, que diz que “Este blog é um mimo” e que identifica a mensagem com um bebé que pode ser considerado – vá lá – fofinho.

Ora, primeiro e antes de mais este blog é para homens – gajos de barba rija, entenda-se. Portanto, devo sublinhar que o bebé no selo apenas deve ser visto neste blog como fofo, ou até mesmo fofão. Não como fofinho. Isso não é correcto.

Segundo, o bebé fofo está acompanhado por algo que parece ser um pequeno boneco de pelúcia e ainda por um pato ou um pintaínho – uma ave, certamente será. Não me parece que sejam boas companhias. Neste blog, o ideal seria que o bebé fofo tivesse uma stipper de um lado e um Ferrari amarelo do outro.

Terceiro, e para terminar, não me parece que o bebé fofo esteja vestido da forma mais apropriada. E o utensílio que segura também é dúbio. A não ser que ele esteja assim porque acabou de fazer o jantar e agora está a dizer à “gaija” para ir lavar a louça senão leva com a colher da soupa, a panela e o tomate em cima. Assim, está bem.

Bem, e depois de ter escrito tantas baboseiras e disparates num espaço tão curto, resta-me agradecer, na qualidade de alimentador deste blog, o respeitoso prémio que lhe foi atribuído. Bem hajam, GandasMalukos. E para respeitar a tradição e não ser o elo que vai quebrar a corrente, é claro que o vou passar.

Antes de mais, convém sublinhar que as regras de atribuição do prémio são as seguintes:

1. Este selo deve ser atribuído aos blogues que considerem "mimosos" (ou seja, blogues que considerem ser ternurentos, simpáticos e agradáveis de se visitar).

2. Apenas quem recebeu este selo pode publicá-lo indicando o link da pessoa que o atribuiu e posteriormente o link de 5 outras pessoas a quem deseja atribuir o selo.

3. Deve exibir a tag do selo no seu blogue.


Pela história, maturidade e evolução dos blogues – e, permitam-me acrescentar, sobretudo como incentivo para que o blog não termine, passo este prémio a:

Vinho Tinto e Saltos Altos

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pérola dos anos 80 - I

Felizmente, tive a oportunidade de viver a minha infância e parte da minha adolescência nos anos 80. Foi então que nasci para a música, que comecei a praticar guitarra (que infelizmente tenho deixado de lado nos últimos anos). Hoje, guardo com saudade muitas das músicas daquela preciosa década. Para reavivar memórias, decidi que vou recordar uma música por semana, sempre à sexta-feira. Para entrar melhor no fim-de-semana.

Começo por uma das minhas músicas preferidas, de uma banda talvez desconhecida por muitos: I Remember You, dos Skid Row. Mas dos Skid Row de Sebastian Bach, que dava claramente voz e alma ao grupo. Agora, sem ele, não são nada do que já foram.

A música é de 1989.



PS - O início é igual ao de Heart of Soul mas quem fez a imitação foram mesmo os The Cult...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Amesterdão em festa

Já fui a Amesterdão seguramente mais de dez vezes, todas elas em trabalho. Desta vez foi diferente. Não porque se tratou de uma viagem de lazer (foi através da TomTom que lá voltei), mas sim pelo clima. Por um lado, foi a primeira vez que apanhei com tempo chuvoso (e logo durante os dois dias). Por outro lado, nunca tinha visto a Dam Platz (na foto), uma das zonas mais conhecidas da cidade por ser - entre muitas coisas - uma das principais portas de entrada no famoso Red Light District, completamente transformada. A razão é simples: comemorava-se a partir da meia-noite do dia 30 de Abril o maior de todos os feriados nacionais, o dia da Rainha (que coincide precisamente com o aniversário da rainha Beatrix).

Amesterdão é uma cidade de muitos vícios. Um deles é a cerveja. Não me lembro de ter visto tanta lata de cerveja por metro quadrado - e só estive na festa por não mais do que um par de horas... falava-se de dois milhões de holandeses a invadir a capital financeira. Certamente que seriam, tal a afluência nas ruas (basta vez a segunda foto, tirada nas imediações do Red Light District).

O mais engraçado da questão é que o dia da Rainha é uma espécie de santos populares versão holandesa. Só que as sardinhas dão lugar ao canabis - a muito, diga-se. Era tanto que havia ruas que tresandavam, chegava a agoniar. Shame on me...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

domingo, 20 de abril de 2008

Para que serve afinal o Estado?

O Governo atribuiu a Tiago Monteiro um subsídio de dois milhões de euros para que o piloto português pudesse correr na Fórmula Um em 2006. A verba está entre as mais altas pagas pelo Instituto do Desporto. Este montante permitu ao piloto evitar a rescisão com a equipa Midland, já a meio da sua segunda época na F1, ao que tudo indica por falta de pagamento das obrigações financeiras devido ao insuficiente número de patrociadores.

Uma família de Santa Maria da Feira já reuniu onze mil euros mas precisa de trinta mil para poder ir aos E.U.A. arriscar a última esperança que tem em salvar o seu filho de oito anos, que sofre de um cancro muscular em fase terminal. O menino já fez toda a quimioterapia no Instituto Português de Oncologia. Esgotadas as soluções médicas em Portugal, a família é obrigada a procurar uma solução no estrangeiro para lutar por um direito fundamental previsto na Constituição Portuguesa: o direito à vida. O pai está desempregado há quatro anos e a mãe é o único sustento da casa, sendo que no agregado familiar existem outras três crianças.

Pergunto eu: para que serve afinal o Estado?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Não é que os "lagartos" tinham mesmo razão?!













Nunca pensei vir a dizer isto mas, a partir de hoje, o futebol morreu para mim. Porquê? Porque o que se passou no SCP - SLB desta noite foi muito mau... mesmo muito mau. Afinal o "sistema" existe...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Voar em low cost

No final da passada semana desloquei-me a Barcelona em trabalho. Foi a primeira vez que viajei em low cost, mais precisamente na Vueling. Apesar de parecer que é “já aqui ao lado”, são na verdade mais de um par de horas dentro de uma aeronave (só em viagem são praticamente duas horas). E apesar de ser uma transportadora que, pelo menos, marca os lugares dos passageiros, na verdade não me deixou grande vontade de repetir. Para ir de férias, admito que seja uma boa alternativa. Mas em trabalho...

Notei sobretudo três aspectos claramente deficientes face ao serviço prestado pelas companhias aéreas tradicionais. Primeiro, o atendimento prestado pelo pessoal de cabine é quase ditador, sobretudo durante o embarque (ainda que isto se possa explicar pela pressa com que este deve ser feito sob pena de se atrasar a saída da manga e de a operadora ser brindada com uma multa). Segundo, o ar condicionado apenas foi ligado quando a aeronave iniciou a marcha, ou seja, houve um intervalo de tempo em que os passageiros quase sufocaram dentro do avião (ainda bem que não era Verão...). Terceiro, o tempo que se demora a fazer o take off; mesmo que se chegue à pista antes de outras companhias para levantar, tudo depende sempre do tráfego que houver na altura (no meu caso, foram cerca de vinte minutos parado à espera...).

Resta-me falar do destino: Barcelona. Há quem diga que é muito melhor do que Madrid, que é uma cidade mais interessante, viva, gira, etc... pois eu, que já não ia a Barcelona há vários anos (para cima de cinco, seguramente), encontrei uma cidade suja, a precisar de obras e cheia de gente estranha. Estão a ver Amesterdão, aqueles "rastas" com mau aspecto? Pois eu estou a falar de algo pior. Bem pior. Sobretudo nas Ramblas...
Mas há zonas de Barcelona de que é impossível não gostar. É o caso da Plaza de Catalunya (na foto, tirada no topo do El Corte Inglés no dia 10 de Abril pelas 16h30). É incrível a quantidade de pessoas que passeiam por este local... até parece que estou em Portugal – mas esta gente não trabalha?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Expliquem-me lá outra vez, que eu não percebi...

Relativamente ao caso da morte do empresário Paulo Cruz (e vamos tirar o "alegadamente" da conversa, uma vez que os factos foram provados hoje em tribunal com a leitura das sentenças), quero apenas sublinhar que:

- Maria das Dores, mulher do empresário, foi condenada a 23 anos de prisão por ter encomendado o homicídio;
- João Paulo Silva, ex-motorista de Maria das Dores, foi condenado a 20 anos por ter tratado de arranjar quem o executasse;
- Paulo Horta, carpinteiro de Maria das Dores, foi condenado a 18 anos por ter sido o autor material do crime.

Com algum sarcasmo, diria que o moral da história é: o melhor é dar logo uma facada e pronto...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Entre sonhos e desilusões

O dia de hoje está cinzento. Por isso... (atenção: já tens uns aninhos)













(Fonte da imagem)

Entre sonhos e desilusões
Aguardas a vida que te espera.
Um mundo despido de sensações,
Sem alegria ou emoções,
O Inverno em cada Primavera.

Entre sonhos e desilusões
A vida passa dia a dia.
O passado prende-te ao fundo.
O presente escapa-se num segundo.
O futuro, uma alma vazia.

Entre sonhos e desilusões
A chuva que cai para sempre dura.
O dia de hoje está cinzento,
O de amanhã não te trará alento;
Apenas lágrimas de amargura.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sentimento de dever cumprido

Desde que me lembro de ser gente que me faço reger por um princípio orientador básico incutido pelos meus queridos pais: o princípio da responsabilidade. Talvez isto aconteça pela educação católica que a minha mãe me tentou incutir desde pequeno, que determina (entre muitas coisas) que o homem é responsável pelas suas acções. Curiosamente, a religião hoje não me diz muito mas o princípio ficou bem estabelecido.
Tento aplicar esta máxima em tudo o que faço, não só na minha vida pessoal mas também na profissional. Não há nada como terminar o dia de trabalho sabendo que fiz tudo o que tinha para fazer e ter a certeza de que, dessa forma, nada de negativo me poderá ser apontado. É a isto que se chama o sentimento de dever cumprido, o tal peso que sai dos ombros.
Felizmente, posso dizer que tenho conhecido ao longo da minha vida muitas pessoas que pensam da mesma forma. Mas também me tenho deparado com quem aplique a falsa moralidade, respeitando antes o tão célebre princípio do “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”. Ora é aqui que me deparo perante uma questão, chamemos-lhe, metafísica. É que é ao mesmo tempo real e irreal de tão natural ser... vamos lá a ver se me faço entender. Por que é que quem cumpre este princípio tem que levar em cima com o trabalho de outros, sobretudo daqueles ditos católicos que fazem questão de estar sempre a defender a moralidade e os bons costumes?...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O verdadeiro smash

O tenista em causa é russo e chama-se Mikhail Youzhny. Ao que parece, o set estava a ser renhido neste jogo com o espanhol Nicolas Almagro, no Open de Miami. Até que...

segunda-feira, 31 de março de 2008

Fútil Show

O programa chama-se Fama Show, é da autoria de Daniel Oliveira e consiste numa séria de cinco "misses wannabe" que se exibem para a câmara enquanto falam ao estilo Huginho, Zézinho, Luisinho. Passo a explicar. Se uma parágrafo do texto para apresentar tiver três frases, cada frase é reproduzida por uma das meninas. Sobre o que é que falam as cinco "miss wannabe"? Basicamente, sobre nada. Tentam puxar a conversa para o maravilhoso mundo cor-de-rosa - sim, Portugal pelos vistos também tem disso. Para mim, é tudo treta. No programa deste Domingo, estavam armadas em galinácias em casa dessa figura que é Tony Carreira. "Estão todas com o pito aos saltos", pensei. Não; elas são é mesmo naturalmente galinhas... mas sem carne sequer. Só com penas. Fúteis, portanto.
Já agora, vejamos uma coisa. Se o programa é sobre o lado cor-de-rosa da vida, sobre as festas e as coisas boas que o jet set supostamente tem, por que raio é que não vão entrevistar aquela socialite que está a ser julgada por ter alegadamente encomendado a morte do marido? Isso sim é o lado cor-de-rosa da vida... haja paciência.

domingo, 30 de março de 2008

Prego a fundo em Monte Carlo (na terra e no ar)

Sim, sou eu sentado num Ferrari. E sim, o palco é a cidade de Monte Carlo... a vida tem destas coisas; por vezes, o trabalho é afinal conhaque. O dia 15 de Março de 2006 ficará para sempre gravado na minha memória como a primeira vez que andei (infelizmente não foi ao volante) num dos bólides mais rápidos de que há memória, o Ferrari 348 TB. Apesar de ser uma viatura produzida na recta final da década de 80, este fantástico V8 com motor de 3,4 litros capaz de debitar 300 cavalos (neste caso particular o condutor disse-me que o carro estava "kitado" para os 355 cv...) é capaz de chegar facilmente aos 300Km/h. No Mónaco, "apenas" deu para chegar à marca de 195 no velocímetro, no conhecido túnel que todos podemos apreciar durante a transmissão televisiva do GP do Mónaco em F1. E ia o Ferrari apenas com a 3ª velocidade engrenada! Ainda perguntei ao condutor, que aluga o lugar do passageiro a turistas que queiram ver Monte Carlo numa perspectiva diferente, se não havia problema por causa da polícia. Ele respondeu-me muito simplesmente: "Eles não se chateiam desde que a gente não ande muito depressa...". Momentos de pura adrenalina - foram certamente os 10 minutos mais acelerados que tive na vida. Obrigado HP mais uma vez. E obrigado Susana pela foto. Já agora, confesso que houve outra estreia nesta viagem - o meu primeiro vôo de helicóptero. Este vídeo documenta a chegada ao heliporto de Monte Carlo juntamente com alguns jornalistas espanhóis. Peço desculpa pela qualidade da imagem mas o ficheiro original tem 72MB, pelo que tive de o comprimir. Ok, chamem-me nomes...

sexta-feira, 28 de março de 2008

E o número suplementar é o... zero?!

A minha intenção era recuperar esse momento mágico que foi o Carlos Ribeiro de testa franzida ao ver o número zero a saír da tômbola durante uma extracção da chave do totoloto. Melhor ainda estiveram os representantes do Governo Civil, um colectivo que ficou impávido e sereno perante o cenário, apesar do evidente incómodo. Dadas as competências destes três elementos, isto não devia ter acontecido nunca - afinal de contas não são eles que fiscalizam e colocam as bolas uma a uma para o sorteio?
Enfim, queria mesmo recuperar unicamente esse momento lindo mas apenas encontrei o vídeo dos Tesourinhos Deprimentes exibido pelos Gato Fedorento. Sempre dá para não só reviver esta cena, que foi certamente uma das mais cómicas e incríveis na história da televisão em directo em Portugal, como também para rir um pouco com outras aventuras que aconteceram durante extracções de chaves do totoloto.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Prisão vs Trabalho

Passas a maior parte do tempo numa cela de 8 m2 / Passas a maior parte do tempo num cubículo de 3 m2

Tens direito a três refeições por dia (de graça) / Tens direito a uma pausa para almoço e tens de pagar pela comida

Sais mais cedo devido a bom comportamento / O prémio para o bom comportamento é mais trabalho

O guarda abre e fecha as portas para ti / Tens de andar com um cartão e és tu que abres e fechas tudo

Podes ver TV e jogar no computador / És despedido por ver TV e jogar no computador

Tens sanita privada / Tens de partilhar a sanita

A tua família e amigos podem visitar-te / Nem podes falar com a família e amigos

Tens todas as despesas pagas pelos contribuintes, sem precisar de trabalhar / Todas as despesas para ir trabalhar são por tua conta e ainda tens de pagar impostos para sustentar os presos...

quarta-feira, 26 de março de 2008

O melhor guitarrista do mundo

Quem tem vindo a acompanhar este blog terá certamente reparado que o álbum Ozzmosis, lançado em Outubro 1995, não me sai dos ouvidos. A explicação é simples. Redescobri este fantástico álbum não por causa de John Michael "Ozzy" Osbourne, mas sim por causa de Zakk Wylde (nome artístico de Jeffrey Phillip Wiedlandt). Para quem não sabe, Zakk Wylde é o guitarrista de Ozzy há longos e é, na minha opinião, a alma da sua música sobretudo desde o álbum No More Tears. Da sua cabeça e pelos seus dedos nasceram muitos dos temas ícones do britânico que já foi a voz dos Black Sabbath, como é o caso de Mama, I'm Comming Home - uma das melhores, senão mesmo a melhor balada de rock de todos os tempos (Já agora, um perêntesis: esta música não é sobre a mãe de Ozzy mas sobre a sua mulher, Sharon, a quem ele chama de "Mama").
Mas Zakk Wylde não toca só rock ou heavy metal com o "Prince of Darkness". De facto, mantém um projecto próprio em paralelo, que dá pelo nome de Black Label Society. Deixo-vos com esta pérola. E, já agora, com uma observação: A guitarra com que ele toca, uma Gibson Bullseye Les Paul, foi feita especificamente para ele. Vejam bem o preço da coisa...
A música é curta e chama-se Farewell Ballad.

segunda-feira, 24 de março de 2008

99 palavras para dizer (.Y.)

As meninas que me desculpem, mas apeteceu-me publicar qualquer coisa... muy macho!

quinta-feira, 20 de março de 2008

A Primavera do desassossego

Diz que a Primavera começa hoje. O dia está bonito, apesar do frio, e eu até estava bem disposto. Foi então que tive uma ideia que me pareceu então genial: vou à Internet fazer uma simulação da minha reforma e ver com quanto ficaría de pensão caso pudesse dar entrada aos papéis hoje. Sim, o que eu gostava era de estar reformado com a idade que tenho e poder gozar a vida enquanto ainda não tenho uma espondilose ou outra coisa qualquer que me incapacite. Quem é que não queria?
Após usar o simulador da Caixa Geral de Aposentações, fui brindado com a segunte indicação:

O subscritor tem direito a / A partir de
» Aposentar-se / 2030-06
» Uma pensão sem penalizações / 2038-06
» Uma pensão completa sem penalizações / 2038-06

Mais abaixo, uma simples frase cilindrou-me como uma seta no coração:

Sem direito à aposentação

E a justificação:

A aposentação sem fundamento em incapacidade, limite de idade (70 anos) ou sanção disciplinar depende de o subscritor contar, pelo menos, 33 anos de serviço e 61 anos e 6 meses de idade ou 15 anos de serviço e 65 anos de idade ou ainda 33 anos de serviço . Não se encontrando reunidos esses requisitos, não há lugar à atribuição de qualquer pensão.

Ora bolas. Lá vou ter que continuar a trabalhar até aos 70... resta-me continuar a jogar no Euromilhões.

domingo, 16 de março de 2008

Monólogos da faxina

Sem querer de forma alguma colar-me ao texto teatral escrito originalmente por Eve Ensler, serve este post única e simplesmente para vos deixar com alguns desabafos que se soltam entredentes na lida da casa. Se tiverem mais, digam! Soltem-se, descarreguem a vossa ira! A faxina é a culpada por passarmos tanto tempo com um scotch brite nas mãos!

- "Merda mais à loica que não se lava sozinha!"
- "'Rais parta' mais à casa de banho. Ainda agora foi toda limpa e já está toda cagada!"
- "Tinha que ser. Os vidros acabadinhos de limpar e logo agora haveria de caír uma trovoada..."
- "A pilha de roupa para passar a ferro já é mais alta do que eu!"
- "'Ó cum cara**' mais ao saco do aspirador que já está outra vez cheio até às orelhas!"
- "Estou mesmo a ver a roupa acabada de estender a ser levada pelo temporal que aí vem..."
- "Mas onde raio é que esta casa vai buscar tanto cotão?!"

quarta-feira, 12 de março de 2008

Há que fazer mais "cimento"!

(Nota inicial: o trabalho de jornalista faz com que a pessoa desenvolva ao longo dos anos a sua capacidade de ser boa observadora.)


Esta situação passou-se mesmo à minha frente há cerca de uma hora. Um verdadeiro "monólogo" do "engatareiro"... uma simples conversa unidireccional entre um rapaz caucasiano (com essa bela indumentária que é o fato-macaco das obras) com aproximadamente 30 anos e uma caixa de um supermercado muito conhecido bem no centro de Lisboa, junto da Praça de Espanha, que mais não devia ter do que 25. Atenção: Eu não quis ouvir a conversa. Apenas a ouvi porque estava suficientemente perto dos intervenientes. E sublinhe-se que ambos não tiveram quaisquer problemas em ocultar o que se passava. Depois de o rapaz dar umas pastilhas elásticas para a caixa passar no sistema, ele dá-lhe o diheiro. Ao receber o troco e o talão, diz-lhe literalmente o seguinte:

- "Por acaso não me queres dar o teu nome e o teu número de telemóvel..."

A caixa não hesitou. Sorriu, pegou no talão que ele já tinha na sua mão e escreveu o que o rapaz lhe tinha acabado de pedir. Ao voltar a entregar-lhe o pedaço de papel, piscou-lhe o olho e disse-lhe "Tchau!...". E depois, muito naturalmente, como se nada se tivesse passado, virou-se para mim com um simples "boa tarde"...

Faixa bus

Estava eu esta manhã a caminho do trabalho com o meu amigo JPT quando, antes de passar a Praça de Espanha, ele disse uma coisa curiosa: "Nem sei como é que é tão difícil apanhar táxi em Lisboa quando há tantos carros na faixa bus". Essa foi na mouche, meu caro! De facto, é incrível a quantidade de automobilistas que se fazem deslocar nas suas viaturas particulares e que utilizam a faixa reservada aos transportes públicos (e forças da autoridade - sim, que essas até se dão ao luxo de pisar uma raia na IC19, sair do carro logo a seguir sem o colete e mandar parar a primeira automobilista para fazer fiscalização, não esteja ela a cometer alguma infracção ao Código da Estrada...) sem qualquer tipo de problema. Eu chamo-lhe os "espertos", que mais não são do que indivíduos que pensam que são mais inteligentes do que os outros, os "basbaques". É um fenómeno em crescimento no nosso país e que merece um estudo mais aprofundado, tal é a sua polimorfologia social, cultural e até financeira.

No meu ponto de vista, a solução é simples. A autarquia lisboeta quis limitar o trânsito em bairros históricos como o Bairro Alto, certo? Por que é que não adoptou a mesma postura para a faixa Bus, com câmaras a vigiar os infractores, em vez de fazer aqueles traços amarelos nos cruzamentos sem qualquer utilidade ou de colocar limitadores em borracha facilmente transponívels? Não foram investidos milhares de euros em radares? Será que na faixa Bus não existe sinistralidade suficiente que justifique o investimento? Ah, pois, deve ser isso...

Para mim, resolvia-se assim a questão. Os "basbaques" podiam até manter o estatuto. Mas os "espertos" passavam a ser... "basbaques". E os transportes púbicos conseguiriam, quem sabe, cumprir com os horários.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Querido, uma mentirinha nunca matou ninguém...

A Itália é mesmo um país muito à frente. Então não é que o Supremo Tribunal italiano declarou que as mulheres italianas casadas que cometam ou tenham cometido adultério podem mentir sobre a traição para proteger sua honra?! A justificação para esta decisão é ainda mais estranha. Tudo aconteceu no seguimento de um caso em que uma mulher de 48 anos foi acusada de falso testemunho perante a polícia, ao negar que teria emprestado o telemóvel ao seu amante. Ao que tudo indica, "Carla" terá emprestado mesmo o seu telemóvel ao cúmplice extraconjugal, "Giovanni", que o usou para ligar ao marido de "Carla", "Vicenzo", com a finalidade de o insultar. Disse o tribunal que ela não precisava de agir desta forma uma vez que "esconder a verdade" é, de acordo com a Lei italiana, motivo mais do que justificado para ocultar relações sentimentais fora do matrimónio. Já agora, o final: o tribunal condenou "Giovanni" por comportamento abusivo e "Carla" por ter facilitado o crime.

Relembro que este não é o primeiro caso com este tipo de polémica num país tão afirmadamente católico. Já há alguns anos, o tribunal decidiu que as mulheres que usam calças de ganga apertadas não podem ser vítimas de violação, uma vez que que as calças, por serem apertadas, só podem ser removidas com o consentimento das mesmas...

Salir sin ganar...

O Sr. José Antonio Camacho finalmente percebeu onde é que se tinha vindo meter e decidiu bater com a porta antes que fosse demasiado tarde - certamente que já começava a ponderar uma visita ao psicólogo. Diz que não tem capacidade nem ideias para por a equipa a jogar futebol, tal a falta de motivação que vê nos jogadores. Pelo menos, frontalidade não lhe falta, e isso é positivo.
Não sei como é que ele realmente chegou ao SLB nesta segunda passagem pelo meu clube - relembro que a saída de Fernando Santos foi na altura muito comentada, pois antes das férias de Luis Filipe Vieira com Camacho ele estava seguro e poucas semanas depois estava a ser corrido, logo após o empate a uma bola na primeira jornada no campo do Leixões. Seis meses volvidos, é Camacho que segue o mesmo destino, desta feita pela sua própria vontade.

Eu nunca fui grande aluno a matemática, mas acho que ainda sei qualquer coisa. Se fizermos um rápido raciocínio, vemos que nesta equação toda existe um denominador comum: Luis Filipe Vieira. Ora, por mim, cortava-se esse denominador e resolvia-se a questão. Parece-me claramente que quem estava a mais não era José Antonio Camacho, nem tão pouco Fernando Santos...

Quem virá agora? Para já, o presidente chamou aquele a quem eu começo a chamar de "Bombeiro II": Fernando Chalana, que sucede ao "Bombeiro I" - Mário Wilson. E ainda bem que o outro bombeiro, de seu nome Toni, está entretido lá para as Arábias. Senão, lá vinha o pronto socorro outra vez. Com tanta confusão, só consigo ver coisas más no futuro do Benfica. E nem estou a falar da eliminação da Taça UEFA, que vai acontecer já na próxima quarta-feira. Bem podem dizer adeus à Champions League do próximo ano. Como estão a jogar, bem o merecem.

quarta-feira, 5 de março de 2008

New York, New York


Passam hoje seis meses sobre o dia em que tirei estas imagens (compostas por várias fotografias em sequência dos lados sul e norte de Manhattan, respectivamente) no Top of the Rock, que fica no topo do Rockefeller Center. Devo agradecê-lo à empresa que me levou lá em trabalho - a HP. Pronto, já sei que vou ser acusado de estar a contradizer-me: "Ah e tal, ainda há poucos dias fizeste uma viagem relâmpago a Paris e só te queixaste, que nunca passeias, que é só trabalho, mas afinal sempre tens tempo para andar a passear". Pois bem, é nesta altura que devo fazer um pedido de desculpas à HP. É que, em dia e meio de agenda, apenas estive uma manhã a trabalhar. O resto do tempo foi de facto passado a passear. Mas acho que estou mais do que perdoado. Quem é que envia um jornalista a Nova Iorque durante 48 horas (tendo em conta o tempo de viagem e a dimensão da cidade, é praticamente o mesmo que ir e vir de Paris no mesmo dia...) e está à espera que ele vá trabalhar?!
Pior ainda, para mal dos meus pecados acabei por arrastar os outros três jornalistas portugueses convidados. Shame on me... Mas se não for assim, se não aproveitarmos estas oportunidades, como raio é que vamos descobrir os locais por onde temos a sorte de passar se nunca saírmos do hotel ou do aeroporto? Eu, que nem vou à bola com os americanos e nem faço questão por aí além de viajar para os Estados Unidos, confesso que esta deve ter sido a melhor viagem que apanhei desde que faço destas andanças a minha vida profissional. Mas só o foi porque eu a tornei. Nova Iorque é mesmo uma cidade fora do comum. Senão, não teria certamente andado a pé uns valentes vinte quilómetros em pouco mais de 24 horas...

Os dias da rádio

«Um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama». A frase é de Andy Wahrol e esta noite pensei que seria a minha vez: fui "seleccionado" para representar a publicação em que trabalho numa rúbrica do programa Janela Aberta, de Ana Sousa Dias, transmitido em directo no Rádio Clube Português. Pois bem, acabei por ter os meus (ora deixa cá ver o ficheiro gravado que fica para a posteridade - ou bosteridade, como preferirem) 13 minutos e 23 segundos! Faltou-me um bocadinho assim...
Agora falando mais a sério, confesso que estava bastante nervoso no início. Apesar de não se ter notado, eu estava e admito-o. Três sintomas assim o atestam : a voz, que ficou grave porque os músculos da face como que prendiam; as ideias, que vinham todas ao mesmo tempo e, por muito que quisesse abrandar o ritmo da fala, não conseguia; a boca, que rapidamente ficou seca (e as mãos a tremelicar - típico de alguém que está prestes a ter um daqueles ataques que só uma Dodot de 120Kg consegue resolver). Felizmente, tudo passou rapidamente (e sem "alívio"!). É certo que as aulas de rádio na universidade ajudaram (Laureano Carreira, sejas tu quem fores e estejas onde estiveres, és o maior!), mas caramba... já lá vão dez anos!
Resumindo e concluindo: gostei da experiência.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Já cá canta!

Sábado à tarde comprei o ingresso para o Rock in Rio Lisboa 2008. Para dia 5 de Junho, naturalmente. Contribui com 53 euros (mais um para a FNAC...) por uma causa, dizem eles: Um Mundo melhor. Espero que ajude efectivamente. Tal como espero que (sobretudo) os Machine Head e os Metallica me ajudem a passar um excelente dia. O cartaz tem ainda os Moonspell e os Apocalyptica como principais bandas. Para quem gosta de metal como eu, promete...

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Mas quem é que chamou os mortos-vivos?

O ano de 2008 arrisca-se a ficar para a história pelas piores razões: poderá ser lembrado como o ano do regresso dos mortos-vivos de Hollywood. Dois bons exemplos: John Rambo e o Tubarão (Jaws). No entanto, encaro estas duas tentativas de reanimação com algum divertimento. Explico porquê.

Começando por Jaws, toda a gente sabe que há por aí muitos bichinhos destes no mar e que alguns deles atacam de vez em quando na costa. Mas há sempre um mauzão que se destaca e que mata mais do que os outros. Só que em alto mar. Pior ainda, agora parece que são desenvolvidos e ensinados pelo Homem (onde é que eu já vi isto...), ficam muito inteligentes e até sabem mais do que um miúdo de dez anos. Só é pena não conseguirem acertar no Euromilhões, mas paciência. Depois, vêm os bons - que no fundo não são assim tão bons, mas também não são maus - e matam-no. Claro que só sobrevive um dos bons, ou menos mau, que costuma ser a vítima no episódio seguinte. Foi o caso do Roy Schneider, herói em Jaws e servido como aperitivo em Jaws: The Revenge. Bye bye, Roy... que é como quem diz: Die already! Ora, em Jaws 5 o dito-cujo aparece maior-enorme-gigante-badmotherfucker, a ponto de conseguir saltar do mar e comer um helicóptero. Fantástico. Mas porque a esperança é a última a morrer, existe a possibilidade de este filme não passar sequer pelos grandes ecrãs, sendo imediatamente distribuído em DVD. Ainda bem que se chegou a falar no nome de James Cameron para o realizar...

Já o caso de Rambo é bem mais interessante. O "avô-guerrinhas" está de volta, mais velho, mais monocórdico e mais monossilábico do que nunca. Curiosamente, também voltou mais ávido de sangue. Quer-me parecer que ele no final do filme acaba por abrir um talho lá para as Indochinas. Já agora, John, aproveita o embalo e vai lá caçar o Tubarão, sempre ficas com carne na arca frigorífica para um ano.

Deixo-vos com a deliciosa trailer, na qual é possível encontrar uma frase que eu imediatamente adoptei como mote para o meu estilo de vida doravante: «When you’re pushed, kill is as easy as breathing». Temos poeta!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Edição extra... de riso!

Palavras para quê? Os artistas são bons artistas. Mais um programa que eu via desta vez na SIC Radical (canal no qual Sin Cities também passou durante algum tempo). Felizmente, consta que Edição Extra vai voltar a ser emitido já em Março (mais detalhes aqui). Vamos esperar para ver.
Até lá, deliciem-se durante alguns minutos com estes três clips de um dos best of. Eu acabei de o fazer e voltarei a vê-los certamente vezes sem conta. Porque rir é mesmo o melhor remédio!


Parte 1/3:



Parte 2/3:



Parte 3/3:

A cidade e o sexo... sem tabus!

Se há um programa que raramente perco na televisão, ele é Sin Cities. Resumindo, procura-se saber o que é que uma determinada cidade tem de mais curioso e exótico em termos de sexo, mas sempre numa boa onda... ou quase sempre. Isto porque existem dois apresentadores de serviço. Um deles, Ashley Hames, é que dá um speed incrível ao programa. Mesmo quando o conteúdo "roça" a pornografia!... é o chamado dar o corpo ao manifesto!!!
Infelizmente, Sin Cities dá tarde (por volta das 23h50) e apenas no canal FX, o que obriga a ter o pacote Funtastic Life. Mas a Internet é mesmo o futuro - eis uma amostra do que é possível ver. E naveguem à voltade pelos videos sugeridos no final. Muito bom.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Viagem a Paris - II


Quando cheguei a casa, não soube dizer o que é que tinha jantado. Muito honestamente, não foi uma resposta atirada para o ar - juro que não sei o que é que comi.
Há muito tempo que não tinha o "prazer" de apanhar um vôo que me permitisse saborear os luxos que o catering de terra proporciona ao gourmet aéreo. Eu tenho uma teoria que ainda hei-de comprovar: quem confecciona estes "pratos" para comer onboard nunca deve ter viajado de avião na vida. Ontem, a Air France brindou-me com o que está na foto. Sem qualquer descrição, tratava-se apenas de um recipiente em espécie de esferovite protegido por uma tela plástica e com um selo a atestar a data de embalamento e de validade. Limitei-me a abrir a embalagem e a empurrar goela abaixo o que lá estava dentro com a ajuda da Coca-Cola.
Posso não andar há muitos anos nesta vida, mas eu ainda sou do tempo em que serviam frango assado e peixe nos aviões, numa escala propocional ao espaço disponível para comer, claro está. Mas eram "pratos" decentes.
Pelo menos, neste aspecto a TAP sempre brindou decentemente o passageiro da classe económica. Eu sei que o preço dos bilhetes já não está tão alto e que os custos de transporte são cada vez maiores. Tem que se cortar em algum lado. Lembro-me perfeitamente do meu espanto quando, há coisa de uns seis anos, a Lufthansa(!)começou a brindar os passageiros da classe económica com sandochas ao almoço e ao jantar, regadas com uma frase qualquer de Mozart. Será que querem que a malta coma menos porque assim não pesa tanto e o avião gasta menos combustível ou estarão mesmo preocupados com a nossa saúde?

Viagem a Paris - I

A minha profissão tem destas coisas. De vez em quando, lá surge uma viagem, sendo o destino típico a Europa Ocidental. No inicio (há já quase dez anos...), confesso que isto até tinha a sua piada. A malta era jovem, as viagens tinham uma agenda porreira (trabalho mas com lazer), a disponibilidade era outra e havia muito para descobrir - apesar de ter tido a sorte de ter feito um Inter-Rail com um grupo de amigos na altura da universidade (isso fica para outro dia). A mistura era, portanto, perfeita.
Hoje isso já não acontece. Não só comecei a ser convidado para viajar em low-cost (não me quero "armar" em estrela, mas há limites para o aceitável - não esquecer de que se trata de um convite para uma viagem profissional), como também a moda do ping-pong há muito que pegou. Quero com isto dizer ir e voltar no mesmo dia. Foi o que me aconteceu ontem.
«Ah, fartas-te de passear» dizem os meus amigos e familiares. Pois bem. Levantei-me às 5h30 e cheguei a casa pelas 22h30... pelo meio, ficaram cinco horas passadas dentro de dois aviões, outras tantas numa sala de conferência de um hotel junto ao Arco do Triunfo (que não vi, mas ele devia lá estar), duas horas no aeroporto à espera do vôo de regresso e quase três horas dentro de taxis e transferes. O máximo que consegui pisar em Paris foi o chão entre a saída do Charles de Gaule e o transfer (e vice-versa) e entre o transfer e a entrada do hotel (e vice-versa). Tudo somado, não foram mais do que trinta metros.
Resumindo. Fui a Paris e a única recordação que consegui trazer foi esta porcaria desta foto...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A prova dos nove

Ontem estive pela primeira vez num espaço fechado livre para fumadores desde a entrada em vigor da Lei do Tabaco. Foi no Casino do Estoril - não pensem que fui para lá jogar, apenas estive na parte do auditório, para assistir a um espectáculo de hip-hop no qual entrava a minha querida sobrinha.
Sendo eu um não-fumador, confesso que desde Janeiro que sinto o ar mais limpo. Devo contudo sublinhar o meu lamento pelos fumadores qye viram a sua liberdade limitada de um dia para o outro. Mas também também não sou hipócrita e só tenho a agradecer pelo facto de hoje poder ir a um restaurante e sentir o cheiro da comida, de poder sair de lá sem ter o cheiro a tabaco entranhado na roupa. Uma coisa é certa - hoje é mais saudável estar em espaços fechados e isso só pode ser algo positivo.
Relembro que a Lei permite que os proprietários dos estabelecimentos possam optar por uma de duas situações: permissão ou proibição do consumo de tabaco. No entanto, aqueles que o permitirem devem garantir a boa qualidade do ar. E este é um ponto por onde muito se te pegado, sobretudo por parte de quem não está de acordo com a Lei - se não há métricas que permitam estabelecer estes parâmetros, então em que ponto ficamos... pois, meus amigos, devo dizer que eu posso oferecer-me como métrica: é impossível garantir a boa qualidade do ar a partir do momento em que, de repente, vinte pessoas sacam de um cigarro e o acendem. Volta tudo a ficar como estava. O fumo não desaparece por muito bons que sejam os extractores e os purificadores, o cheiro volta a entranhar-se no nariz e na roupa, o ambiente volta a ficar pesado. Mesmo que se trate de uma tarde reservada para crianças, volta a não haver respeito... por quem não fuma. Mesmo - reforço - sendo uma tarde dedicada a crianças e jovens.

Uma palavra de apreço para o meu irmão, que tão amavelmente foi para a rua fumar no intervalo e no final do espectáculo. Houvesse mais fumadores como ele. Já agora, rapaz... deixa lá o tabaco de vez!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Meu Alentejo (cantiga popular)


Eu não sei que tenho em Évora
Que de Évora me estou lembrando.
Ao passar o rio Tejo
As ondas me vão levando.

Ceifeira que andas à calma
À calma, ceifando o trigo
Ceifa as penas da minh’alma
Ceif’as e lev’as contigo.

Abalei do Alentejo,
Olhei para trás chorando
Alentejo da minh’alma
Tão longe me vais ficando.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

16 anos de Saudade

Parece que foi ontem que caíste na trapaça
Nem homem eu era quando me largaste a mão
Lágrimas já não correm, o tempo passa
As recordações diluem-se na memória escassa
Mas viverás para sempre no meu coração.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quem sabe, sabe...

... e o Nilton é que sabe!

Um mau exemplo para a classe

Aproveitando a boleia do último post, convido-vos a ver (ou rever - isto é um clássico, caramba!) um exemplo de como não representar a classe abaixo citada... bom riso!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ai, ai! Sua diabinha!

Há cada vez mais profissões em que a diferenciação é o principal factor de sucesso. Cada pessoa deve tentar ao máximo encontrar em si um elemento que a faça sobressair face à concorrência - seja o carácter de liderança, a capacidade de organização pessoal ou o espírito de grupo, há sempre qualquer coisa que se consegue destacar. No entanto, e apesar de vivermos numa época em que as ideias nos assaltam de todo o lado devido à constante estimulação visual que recebemos diariamente, parece que a imaginação começa a faltar nalgumas classes profissionais. Estou a pensar particularmente numa em que, tendo em conta a sua natureza, até nem deveria acontecer. Falo naturalmente das "acompanhantes" (ou escorts, que sempre é mais fino).

Todos os dias podemos ver nos jornais páginas e páginas de anúnicos entre as notícias do dia. Três, quatro linhas no máximo, algumas acompanhadas de uma imagem para estimular a imaginação. E depois é só códigos. Ele é rosas para a esquerda, bumbum para a direita, oral para aqui, 2ª oportunidade para acolá... mas o discurso é sempre igual, o que me leva a crer que, no fundo, elas fazem todas o mesmo. É preciso uma lufada de ar fresco para que este modelo de negócio, que tanto lucro dá à economia paralela deste país, não se esgote nem caia na deprimência.

Ah, já sei o que é que vai nessas cabeças por esta altura. "Mas que raio é que isto tem a ver com a imagem?!". Passo a explicar.

Já a tinha referido num post anterior, pelo que não será novidade. Sim, volto a pegar (em sentido figurado) em Linda Blair, cuja personagem em «O Exorcista» tem tudo o que é preciso para singrar neste mundo. Senão, vejamos os argumentos imbatíveis: O pescoço roda 360º; a língua vai daqui à Cochichina; a capacidade de levitação é uma inegável mais-valia; a postura corporal sugere um desejo carnal sempre presente; e a linguagem utilizada é do mais ordinário, badalhoco e, consequentemente, sugestivo que pode haver.

É certo que nem tudo são rosas - a questão da imagem, por exemplo, que não joga de todo em seu favor. Os lábios não são de seda e a pele não é delicada... a higiene poderia ser melhor, convenhamos. Mas, entre o deve e o haver, o balanço é claralente positivo.

"Acompanhantes" de todo o mundo, escutai-me: Esta é a verdadeira diabinha. Façam o favor de lhe seguir o exemplo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mãe, este Primeiro-Ministro é chato!



Conversa entre uma mãe e um filho pré-adolescente esta noite, ao jantar, enquanto viam a SIC.
-Mãe, este Primeiro-Ministro é chato! Não tem piada nenhuma!... e tem cara de sapo!
-Pois filho... é que este é qué é mesmo o Primeiro-Ministro. O outro é o Ricardo Araújo Pereira...

Ele há coisas... estúpidas!

Por mais voltas que dê à cabeça (não como Linda Blair, que dá vida à pequena Regan e ao seu belo vómito de esparregado "à lá Pazuzu" em «O Exorcista»), há uma coisa que não consigo perceber (bom, na verdade há muitas, mas esta é por demais evidente).
Mas por que razão é que alguém vê um lençol de água na estrada com um metro de altura à sua frente e, mesmo assim, decide avançar com o carro? Será uma espécie de tourada, com o condutor a fazer uma pega de cernelha? "Eh, lençol lindo! Ehpá Ehpá, vem lençol lindo! Anda cá se és macho!". Quem se lixa? O carro, que faz de cernelheiro (neste caso não há rabejador, mas na verdade o lençol de água também não tem rabo para pegar, não é...). Será uma espécie de Harakiri? "Não, carro, não avances". "Não vale a pena suplicares... não quero continuar a viver, agora que me vais dar como moeda de troca para uma carripana nova". "Não... não... NÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!..." (splash...). Mais uma vez, quem se lixa? Bem , desta vez é o dono, que fica sem o carro para dar em troca... tenho ainda uma terceira sugestão. "Olha tão giro, tanto carro a boiar... será que o meu também faz o mesmo?".

Agora a sério. Mais do que desafiar a sorte, é pura estupidez. Eu sei que neste país há muita, mas há limites. É que depois lá têm que ir os bombeiros e as demais forças de auxílio, que nestas alturas não têm mesmo mais nada para fazer...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

There's no place like sushi!


Esta foto, tirada há precisamente 24 horas, marca o momento mais saboroso do meu fim-de-semana. Devia haver o dia do sushi, uma espécie de feriado nacional. Só é pena ser tão caro... Rais parta! Mas por que é que não me sai o Euromilhões? Não era pela casa com piscina, nem pelo carro com 500 cavalos. Era mesmo só pelo sushi...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ò meu Tenente-Coronel, já sacou a última versão?

Pois é. Parece que há por aí militares da GNR que andam a usar software ilegal para fazerem os croquis dos acidentes de viação. A notícia foi avançada pelo jornal Correio da Manhã, na qual é possível saber quais são as ordens neste domínio: o croqui deve ser feito à mão ou em PowerPoint.
Ora, o comentário produzido pela Associação dos Profissionais da Guarda diz tudo: «Cada um vai-se desenrascando como sabe e pode». É bom saber que também a GNR vive o espírito tuga. "Ah e tal, nunca fui bom a educação visual, desenhava uns rabiscos e pouco mais e nem sequer sei tracejar uma rua...". Vai daí, entra na Internet e saca o programa. Simples. Já agora, aproveita também para sacar uns MP3, porque isto de fazer a AE para a frente e para trás todo o dia é chato.

Já se sabe que nem tudo neste país funciona às mil maravilhas. Mas saber que os investigadores e patrulheiros da Brigada de Trânsito da GNR consideram que nunhum destes sistemas é eficaz, que foi pedida ao comando-geral da GNR (há mais de um ano) a aquisição de um sistema para resolver esta situação e que têm que ser os próprios militares a usarem os seus computadores pessoais e software pirata para darem andamento aos processos é mau demais. Mau demais. Andamos mesmo a brincar aos países...

Já agora, permitam-me uma sugestão à ASAE e à Assoft. Num destes dias, naquelas rusgas que são feitas (e muito bem) nas feiras de Carcavelos e demais espalhadas por todo o Portugal, que tal fazerem também uma visita surpresa aos veículos da Brigada de Trânsito que costumam acompanhar a comitiva? E já pensaram nos carros dos ministros?... Quantos deles não gostam de fazer a AE a 250km/h a ouvir ópera? Quem sabe se, em grande parte dos casos, não será uma Cavalgada das Valquírias acabadinha de sacar num software de P2P?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Arte felina

Apesar de se tratar de uma actividade comercial explorada pela dona do "pequeno" Fritz, a ideia está muito boa. E o gato tem jeito! Podem conferir aqui.