terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ai, ai! Sua diabinha!

Há cada vez mais profissões em que a diferenciação é o principal factor de sucesso. Cada pessoa deve tentar ao máximo encontrar em si um elemento que a faça sobressair face à concorrência - seja o carácter de liderança, a capacidade de organização pessoal ou o espírito de grupo, há sempre qualquer coisa que se consegue destacar. No entanto, e apesar de vivermos numa época em que as ideias nos assaltam de todo o lado devido à constante estimulação visual que recebemos diariamente, parece que a imaginação começa a faltar nalgumas classes profissionais. Estou a pensar particularmente numa em que, tendo em conta a sua natureza, até nem deveria acontecer. Falo naturalmente das "acompanhantes" (ou escorts, que sempre é mais fino).

Todos os dias podemos ver nos jornais páginas e páginas de anúnicos entre as notícias do dia. Três, quatro linhas no máximo, algumas acompanhadas de uma imagem para estimular a imaginação. E depois é só códigos. Ele é rosas para a esquerda, bumbum para a direita, oral para aqui, 2ª oportunidade para acolá... mas o discurso é sempre igual, o que me leva a crer que, no fundo, elas fazem todas o mesmo. É preciso uma lufada de ar fresco para que este modelo de negócio, que tanto lucro dá à economia paralela deste país, não se esgote nem caia na deprimência.

Ah, já sei o que é que vai nessas cabeças por esta altura. "Mas que raio é que isto tem a ver com a imagem?!". Passo a explicar.

Já a tinha referido num post anterior, pelo que não será novidade. Sim, volto a pegar (em sentido figurado) em Linda Blair, cuja personagem em «O Exorcista» tem tudo o que é preciso para singrar neste mundo. Senão, vejamos os argumentos imbatíveis: O pescoço roda 360º; a língua vai daqui à Cochichina; a capacidade de levitação é uma inegável mais-valia; a postura corporal sugere um desejo carnal sempre presente; e a linguagem utilizada é do mais ordinário, badalhoco e, consequentemente, sugestivo que pode haver.

É certo que nem tudo são rosas - a questão da imagem, por exemplo, que não joga de todo em seu favor. Os lábios não são de seda e a pele não é delicada... a higiene poderia ser melhor, convenhamos. Mas, entre o deve e o haver, o balanço é claralente positivo.

"Acompanhantes" de todo o mundo, escutai-me: Esta é a verdadeira diabinha. Façam o favor de lhe seguir o exemplo.

5 comentários:

JPT disse...

... a forma como a tua cabeça funciona às vezes assusta-me. Principalmente pq concordo com muitas das coisas que dizes... lol

Anónimo disse...

Tu assustas-me... de uma forma assustadora.
Eu até consigo seguir o teu raciocínio semi demente, mas conseguires ligar o Exorcista ao sexo... é algo digno de um genio, ou de um Rei.
Também sei que há malucos para tudo e fetiches capazes de envergonhar um certo doutor, uma senhora loira bem conhecida e uma tipa qualquer que gosta de bandeirinhas, mas aquela personagem do filme, acho demais.
A cena de rodar a cabeça não percebi... mas não quero que me expliques, por uma questão de segurança pessoal

Last Man Standing disse...

Muito bom, super original a perspectiva de interligação entre a 7ªarte e o sexo a recibos verdes. Muito bom.

Last Man Standing

GandaMaluko disse...

Ao nível da Linda Reis e a sua Pomba Gira...

JPF disse...

Bom, vamos por partes.

jpt: fico contente em saber que não sou o único a pensar assim.

Su: realmente, a senhora espanhola das bandeiras veio dar uma nova dimensão aos jogos sem fronteiras, mas neste caso joga tudo em casa... dela! A cena da cabeça é uma mais valia em actividade de grupo.

last man standing: ora aí está mais uma perspectiva que me tinha escapado. Bem visto!

gandamaluko: Obrigado. Mais uma boa ideia para posts futuros!

Abraço a todos (menos à menina, para ela vai um beijo)