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sexta-feira, 20 de março de 2009

A Scully

A Scully não era uma gata qualquer. Era a minha gata.

Uma princesa de olhos azuis, mas com um feitio muito próprio e uma personalidade forte. Faria 12 anos em Maio próximo. Sempre foi uma gata saudável. No final do ano passado começaram, infelizmente, as complicações.

Foi-lhe diagnosticada uma complicação renal grave, que foi tratada durante algumas semanas. Também tinha alguns quistos mamários que teriam de ser excisados, o que só poderia ser feito depois de a Scully recuperar dos menos de 2,5 Kg que pesava na altura.

Todos os dias corri a caminho de casa da minha mãe à hora de almoço ou à noite para levar a Scully à clínica. Precisava diariamente de soro, antibióticos e vitaminas.

Fui eu quem a levou lá para casa, vivia ainda com a minha mãe. Ela não gostava lá muito de gatos mas, com o tempo aprendeu a gostar da Scully. Fazia-lhe companhia.

Não foi difícil dar-lhe um nome. Na noite em que a fui buscar a casa da avó de um grande amigo meu, estava a dar a série Ficheiros Secretos, na TVI. Era uma segunda-feira à noite - lembro-me como se fosse hoje. Olhei para a colega do Mulder e para a pequena gatinha branca tigrada, de olhos azuis e nariz rosado. Perante as semelhanças, era evidente que a teria de chamar Scully.

O tratamento parecia ter funcionado até que, há uma semana, tudo se complicou novamente. Tudo o que comia era rejeitado pelo organismo e, pior ainda, recusava-se a comer ração especialmente feita para tratamentos renais. Ingeria demasiadas proteínhas e potássio para que os rins, já de si fragilizados, pudessem filtrar. A juntar a isto, um dos quistos tinha rebentado.

Esta tarde levei-a novamente à clínica e, depois de ter discutido vários dias com a minha mãe, levava um pedido seu, que era lógico. Um pedido de misericórdia. Mas precisava de ter a certeza.

Apesar de o estado clínico não ser terminal, o prognóstico era bastante reservado. O diagnóstico indicava uma situação irreversível, que apenas se poderia tratar com soro todos os dias e hemodiálise vários dias por semana. No entanto, era necessário remover com urgência o quisto, sendo que para isso a Scully teria de conseguir sobreviver a uma operação delicada num estado já de si preocupante. Para além disso, a respiração irregular poderia indicar a presença de metástases pulmonares, que impediriam a respiração assistida e, por consequência, a cirurgia.

Perante as evidências, não tive outra opção senão fazer o que era melhor para a Scully. Foi a decisão mais dura que tive de tomar em toda a minha vida.

Pelas 17h30 de hoje, poucos minutos depois de ficar com esta última recordação, de lhe fazer a última festa e de lhe dar o derradeiro beijo, a Scully adormeceu para sempre. Num sono de princesa.

Desculpa não ter tido a coragem para estar ao teu lado até ao último fôlego. Afinal não sou assim tão forte.

Obrigado por tudo, amiga. Dorme bem.

PS - Um grande obrigado à Dra. Helena e a toda a equipa da Clínica Veterinária João XXI pela forma como trataram a Scully até ao último momento.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um dos piores dias da minha vida...

O dia já era mau, pelas circunstâncias que há um ano expus. Mas, depois disto, dificilmente se poderia ter tornado ainda pior...

E-mail acabado de enviar à EDP:

Bom dia

Sou cliente EDP nº XXXXXXX (Código de Identificação do Local XXXXXXXXXX) e venho por este meio fazer uma reclamação devido à situação ocorrida ontem, dia 22/02/2009, que se estendeu a toda a tarde e noite de Domingo de Carnaval junto do XXXXXXX, em XXXXXX.

Por volta das 13 horas, tive um problema eléctrico em casa que provocou a avaria do meu computador pessoal. Pensei que à partida se tratasse da fonte de alimentação, mas pouco mais tarde houve uma série de acontecimentos que me levaram a pensar de outra forma. Pelas 14 horas, a televisão da cozinha deixou de funcionar e a máquina de lavar louça, que estava a funcionar, fez um estrondo e começou a deitar fumo. Desliguei o quadro e pedi para um amigo meu (fiquei sem telefone, por ser da Netcabo) tentar apurar junto da EDP o que se passava. Ter-se-ia tratado de um pico de tensão mas seria necessário fazer alguns testes junto do quadro para ver se a situação já se teria normalizado. No final, deixei todos os disjuntores ligados por indicação do técnico via telefone, mas, mal liguei a luz na sala, uma das lâmpadas rebentou, pelo que desliguei totalmente o quadro. Fiz nova reclamação e foi-me dito que a equipa se encontrava a ir para o local – isto às 15h. Às 20h foi-nos dito que a equipa apenas sairia às 20h30. Pelas 22h, os técnicos estavam finalmente no local.

No final, quando a situação ficou restabelecida, dei com alguns electrodomésticos avariados. Nomeadamente:

Cozinha – máquina de lavar roupa, caldeira, televisor LCD
Sala – DVD, candeeiro de tecto
Quarto bebé – pequeno rádio CD, intercomunicador
Escritório – PC e colunas (o ecrã escapou).

Gostaria de saber como é que se processa a indemnização neste tipo de situações, bem como o que fazer relativamente a equipamentos cuja reparação é difícil (caso do intercomunicador) ou provavelmente mais cara do que comprar novo (como é o caso do leitor de DVD de sala, apesar de me ter custado cerca de 500 euros há cinco anos). Também vou ter dificuldade em apurar o prejuízo no PC, uma vez que foi feito por mim a partir de componentes que me foram sendo oferecidos e dos quais não disponho de factura.

Fico a aguardar uma resposta.

Com os melhores cumprimentos,
XXXX XXXXX

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mas que banho de... água!














Há dias assim. A convite da Vodafone lá fui com a respectiva ao Estádio da Luz passar um final de dia diferente daquilo que têm sido os sábados desde que o pequeno "Djalmir" veio ao mundo - avós para aqui, avós para ali. O Benfica - Rio Ave acabou com um precioso 1-0 (obrigado, Mantorras!) - digo precioso porque às tantas já não se percebia se dentro das quatro linhas se praticava futebol ou "lamabol". Nós lá estavamos confortáveis no fantástico camarote da Vodafone, com direito a bolachas com queijo, pão com presunto, cherne ou vitela, café e afins. O pior foi saír do estádio a meio do temporal e com o carro para lá do Colombo...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Música - homenagem a João Aguardela

João Aguardela faz parte da minha adolescência. Aliás, faz certamente parte da adolescência de qualquer um de nós que tenha vivido os 18 anos na década de 90.

O seu nome fica associado a vários grupos que não só integrou como também liderou. Os Sitiados serão a sua maior referência, mas é com o projecto A Naifa que o músico vê o seu talento amadurecer. Infelizmente, não será possível saber como é que este talento poderia evoluir. Desde o passado dia 18 de Janeiro que João Aguardela, um dos músicos portugueses mais criativos de sempre, deixou de estar entre nós. Faria 40 anos em Fevereiro. Quis o destino - e a doença - que não chegasse lá.

É sempre cedo para partir. 39 anos é cedo demais.
Descansa em paz, 'marinheiro'.Como um raio a rasgar a vida
Como uma flor a florir desmedida
Como uma cidade secreta a levantar-se do chão
Como água, como pão

Como um instante único na vida
Como uma flor a florir desmedida
Como uma pétala dessa flor a levantar-se do chão
Como água, como pão

Assim nasceste no meu olhar, assim te vi

Flor a florir desmedida, assim te vi a rasgar a vida

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Na ressaca da noite de consoada

Foi a primeira prova a sério na casa nova - jantar e festa para oito adultos, uma criança e um bebé - o "Djalmir", claro está. Para ele foi uma festa: uma autêntica orgia de presentes, brinquedos principalmente. E para que ninguém se sentisse discriminado, houve que criar as condições para embeber os convidados para a consoada no espírito Natalício...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O meu Alentejo

















Se não te vejo nem te sinto perto,
Alentejo querido do meu Portugal amado,
És ferida que faz sangrar o meu coração aberto;
Mas mais triste fico com o teu maldito fado.
As longas rectas rasgam um imenso deserto,
São curvas que não te levam a qualquer lado.
Por muito que ver-te seja para mim uma esperança,
Perdoa-me; prefiro pensar em ti numa saudosa lembrança.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Dois amigos "alentejolandeses"

Apesar da surpresa que o pequeno "Djalmir" nos preparou - aparecimento da varicela logo no primeiro dia de férias, seguimos viajem para o Alentejo. Onde moram hoje sobretudo alemães, holandeses e, claro está, alentejanos.
Os dois espécimes caninos misturam um pouco esta realidade. Um chama-se Spikey e o outro Rambo - não por causa do filme mas sim em honra a um apresentador de TV holandês. Como seria de esperar, são brincalhões e não têm quaisquer problemas em vir "mendigar" por comida e algumas festas...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Céu na Terra

Poucos são os cenários me fazem tão bem à alma. Talvez este seja o melhor. A certa altura, o piloto automático entra em acção. As mãos já sabem o que fazer. Vira-se o voltante para um lado. Vira-se para o outro. Vislumbra-se a lomba e o coração acelera. Assim que se começa a descer, acalma. Quem me tira esta vista, tira-me tudo.

Resumindo: O Djalmir vai de férias...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

My Little Man

O meu pequeno "Djalmir" faz hoje dois anos. Parece que foi ontem que nasceu... quem diria! Já está quase a entrar nas escolinhas de futebol do Glorioso! Bem, reformas antecipadas à parte, não poderia deixar passar este dia em branco. E a melhor homenagem que me lembrei de lhe fazer foi dedicar uma música. De Ozzy Osbourne. Exacto, do "Prince of Darkness"...

Do seu único trabalho com Steve Vai nasceu em 1995 «My Little Man», uma música a meu ver formidável que integra o álbum «Ozzmosis» e que fala sobre a relação entre Ozzy e o seu filho Jack, na altura com dez anos. Como pai, é impossível dissociar-me dela. Sempre que a ouço, penso no pequeno "Djalmir". Outra coisa não poderia ser.

A música não tem propriamente um teledisco. Mas houve alguém que, em boa hora, decidiu fazer a colagem de uma série de sequências de «O Rei Leão». Como podem ver, encaixam na perfeição nesta preciosa melodia.


Don't you know I love you more than life itself
Don't you know that you're my pride
And I would not have you walking through this world
Without me by your side

Go to sleep my little man | Don't you weep my little man

I'd like to keep you with me all your life
But I know I can't do that
So I must try to teach you wrong from right
To keep the vulture from your back

And when you're dreaming you can talk to angels
So wipe the tears from your eyes
And if there's demons that try to steal you breath away
You can't believe that, know my spirit will be standing by your side

You saved me, you gave me, the greatest gift of all
Believe me, believe, there ain't no mountain that's too tall

I will gladly carry your cross for you to take your pain away
But what I can't carry is my love for you beyond my dying day

So be strong my little man | When I'm gone my little man
You got to be my little man | So don't you weep my little man
Go to sleep my little man | Don't you weep my little man
You got to be my little man | So don't you weep my little man

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Vamos ver os peixinhos? Chim!














Continuando dentro do tema dos aquários, o aniversário era do pai mas foi o filho (o "Djalmir") quem levou a maior prenda do dia: a primeira visita ao Oceanário de Lisboa. Como seria de esperar, ficou maravilhado. Mas não foi o único. Face ao que o Oceanário tem para ver, é impossível que também os graúdos não saiam de lá encantados...
















Algumas curiosidades sobre o Oceanário de Lisboa:

- Está assente sobre um conjunto de estacas que penetram o lodo em mais de 30 metros. Mesmo assim, as estacas não atingiram sequer o solo rochoso.
- A cobertura é composta por mais de mil janelas de vidro temperado e não se encontra ligada ao edifício; está suspensa por um conjunto de cabos de aço e de mastros.
- A espessura máxima das janelas do tanque central é de 27 cm.
- A colagem das janelas côncavas do tanque central obrigou à construção de estufas no local para que a temperatura se mantivesse estável a 80ºC, num processo que durou 10 dias.
- A linha de visão através do tanque central entre dois habitats, colocados em cantos diagonalmente oposto do edifício, atinge os 70 metros de comprimento.
- Na decoração do tanque central e do habitat do Índico foram utilizadas cerca de 75 mil peças de coral artificial.
- O espaço contém mais de 7.000 m3 de água salgada dividida por 30 aquários.
- O número total de animais e plantas ultrapassa os 15 mil, divididos por mais de 470 espécies diferentes.
- Todos os meses são produzidos 500 mil litros de água salgada. A quantidade de sal utilizada por mês para produzir esta água salgada é de 16,5 toneladas.
- São utilizados semanalmente cerca de 550 kg de comida entre os animais expostos e os que se encontram em quarentena.

Impressionante, não é? Igualmente impressionante é o peixe lua (bem visível na segunda imagem da sequência acima apresentada) que habita no tanque central. No link é possível obter mais informações sobre este enorme ser marinho, mas eu destaco deste já dois valores a reter: Até três metros de comprimento e 2,3 toneladas de peso... é obra! Deixo-vos com um pequeno vídeo que fiz em que é possível ver realmente a diferença entre o peixe lua e alguns dos (até ao seu aparecimento) maiores "hóspedes" do Oceanário de Lisboa.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Amesterdão em festa

Já fui a Amesterdão seguramente mais de dez vezes, todas elas em trabalho. Desta vez foi diferente. Não porque se tratou de uma viagem de lazer (foi através da TomTom que lá voltei), mas sim pelo clima. Por um lado, foi a primeira vez que apanhei com tempo chuvoso (e logo durante os dois dias). Por outro lado, nunca tinha visto a Dam Platz (na foto), uma das zonas mais conhecidas da cidade por ser - entre muitas coisas - uma das principais portas de entrada no famoso Red Light District, completamente transformada. A razão é simples: comemorava-se a partir da meia-noite do dia 30 de Abril o maior de todos os feriados nacionais, o dia da Rainha (que coincide precisamente com o aniversário da rainha Beatrix).

Amesterdão é uma cidade de muitos vícios. Um deles é a cerveja. Não me lembro de ter visto tanta lata de cerveja por metro quadrado - e só estive na festa por não mais do que um par de horas... falava-se de dois milhões de holandeses a invadir a capital financeira. Certamente que seriam, tal a afluência nas ruas (basta vez a segunda foto, tirada nas imediações do Red Light District).

O mais engraçado da questão é que o dia da Rainha é uma espécie de santos populares versão holandesa. Só que as sardinhas dão lugar ao canabis - a muito, diga-se. Era tanto que havia ruas que tresandavam, chegava a agoniar. Shame on me...

domingo, 30 de março de 2008

Prego a fundo em Monte Carlo (na terra e no ar)

Sim, sou eu sentado num Ferrari. E sim, o palco é a cidade de Monte Carlo... a vida tem destas coisas; por vezes, o trabalho é afinal conhaque. O dia 15 de Março de 2006 ficará para sempre gravado na minha memória como a primeira vez que andei (infelizmente não foi ao volante) num dos bólides mais rápidos de que há memória, o Ferrari 348 TB. Apesar de ser uma viatura produzida na recta final da década de 80, este fantástico V8 com motor de 3,4 litros capaz de debitar 300 cavalos (neste caso particular o condutor disse-me que o carro estava "kitado" para os 355 cv...) é capaz de chegar facilmente aos 300Km/h. No Mónaco, "apenas" deu para chegar à marca de 195 no velocímetro, no conhecido túnel que todos podemos apreciar durante a transmissão televisiva do GP do Mónaco em F1. E ia o Ferrari apenas com a 3ª velocidade engrenada! Ainda perguntei ao condutor, que aluga o lugar do passageiro a turistas que queiram ver Monte Carlo numa perspectiva diferente, se não havia problema por causa da polícia. Ele respondeu-me muito simplesmente: "Eles não se chateiam desde que a gente não ande muito depressa...". Momentos de pura adrenalina - foram certamente os 10 minutos mais acelerados que tive na vida. Obrigado HP mais uma vez. E obrigado Susana pela foto. Já agora, confesso que houve outra estreia nesta viagem - o meu primeiro vôo de helicóptero. Este vídeo documenta a chegada ao heliporto de Monte Carlo juntamente com alguns jornalistas espanhóis. Peço desculpa pela qualidade da imagem mas o ficheiro original tem 72MB, pelo que tive de o comprimir. Ok, chamem-me nomes...

quarta-feira, 5 de março de 2008

New York, New York


Passam hoje seis meses sobre o dia em que tirei estas imagens (compostas por várias fotografias em sequência dos lados sul e norte de Manhattan, respectivamente) no Top of the Rock, que fica no topo do Rockefeller Center. Devo agradecê-lo à empresa que me levou lá em trabalho - a HP. Pronto, já sei que vou ser acusado de estar a contradizer-me: "Ah e tal, ainda há poucos dias fizeste uma viagem relâmpago a Paris e só te queixaste, que nunca passeias, que é só trabalho, mas afinal sempre tens tempo para andar a passear". Pois bem, é nesta altura que devo fazer um pedido de desculpas à HP. É que, em dia e meio de agenda, apenas estive uma manhã a trabalhar. O resto do tempo foi de facto passado a passear. Mas acho que estou mais do que perdoado. Quem é que envia um jornalista a Nova Iorque durante 48 horas (tendo em conta o tempo de viagem e a dimensão da cidade, é praticamente o mesmo que ir e vir de Paris no mesmo dia...) e está à espera que ele vá trabalhar?!
Pior ainda, para mal dos meus pecados acabei por arrastar os outros três jornalistas portugueses convidados. Shame on me... Mas se não for assim, se não aproveitarmos estas oportunidades, como raio é que vamos descobrir os locais por onde temos a sorte de passar se nunca saírmos do hotel ou do aeroporto? Eu, que nem vou à bola com os americanos e nem faço questão por aí além de viajar para os Estados Unidos, confesso que esta deve ter sido a melhor viagem que apanhei desde que faço destas andanças a minha vida profissional. Mas só o foi porque eu a tornei. Nova Iorque é mesmo uma cidade fora do comum. Senão, não teria certamente andado a pé uns valentes vinte quilómetros em pouco mais de 24 horas...

Os dias da rádio

«Um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama». A frase é de Andy Wahrol e esta noite pensei que seria a minha vez: fui "seleccionado" para representar a publicação em que trabalho numa rúbrica do programa Janela Aberta, de Ana Sousa Dias, transmitido em directo no Rádio Clube Português. Pois bem, acabei por ter os meus (ora deixa cá ver o ficheiro gravado que fica para a posteridade - ou bosteridade, como preferirem) 13 minutos e 23 segundos! Faltou-me um bocadinho assim...
Agora falando mais a sério, confesso que estava bastante nervoso no início. Apesar de não se ter notado, eu estava e admito-o. Três sintomas assim o atestam : a voz, que ficou grave porque os músculos da face como que prendiam; as ideias, que vinham todas ao mesmo tempo e, por muito que quisesse abrandar o ritmo da fala, não conseguia; a boca, que rapidamente ficou seca (e as mãos a tremelicar - típico de alguém que está prestes a ter um daqueles ataques que só uma Dodot de 120Kg consegue resolver). Felizmente, tudo passou rapidamente (e sem "alívio"!). É certo que as aulas de rádio na universidade ajudaram (Laureano Carreira, sejas tu quem fores e estejas onde estiveres, és o maior!), mas caramba... já lá vão dez anos!
Resumindo e concluindo: gostei da experiência.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Meu Alentejo (cantiga popular)


Eu não sei que tenho em Évora
Que de Évora me estou lembrando.
Ao passar o rio Tejo
As ondas me vão levando.

Ceifeira que andas à calma
À calma, ceifando o trigo
Ceifa as penas da minh’alma
Ceif’as e lev’as contigo.

Abalei do Alentejo,
Olhei para trás chorando
Alentejo da minh’alma
Tão longe me vais ficando.