A minha profissão tem destas coisas. De vez em quando, lá surge uma viagem, sendo o destino típico a Europa Ocidental. No inicio (há já quase dez anos...), confesso que isto até tinha a sua piada. A malta era jovem, as viagens tinham uma agenda porreira (trabalho mas com lazer), a disponibilidade era outra e havia muito para descobrir - apesar de ter tido a sorte de ter feito um Inter-Rail com um grupo de amigos na altura da universidade (isso fica para outro dia). A mistura era, portanto, perfeita.
Hoje isso já não acontece. Não só comecei a ser convidado para viajar em low-cost (não me quero "armar" em estrela, mas há limites para o aceitável - não esquecer de que se trata de um convite para uma viagem profissional), como também a moda do ping-pong há muito que pegou. Quero com isto dizer ir e voltar no mesmo dia. Foi o que me aconteceu ontem.
«Ah, fartas-te de passear» dizem os meus amigos e familiares. Pois bem. Levantei-me às 5h30 e cheguei a casa pelas 22h30... pelo meio, ficaram cinco horas passadas dentro de dois aviões, outras tantas numa sala de conferência de um hotel junto ao Arco do Triunfo (que não vi, mas ele devia lá estar), duas horas no aeroporto à espera do vôo de regresso e quase três horas dentro de taxis e transferes. O máximo que consegui pisar em Paris foi o chão entre a saída do Charles de Gaule e o transfer (e vice-versa) e entre o transfer e a entrada do hotel (e vice-versa). Tudo somado, não foram mais do que trinta metros.
Resumindo. Fui a Paris e a única recordação que consegui trazer foi esta porcaria desta foto...
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
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