sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Mas quem é que chamou os mortos-vivos?

O ano de 2008 arrisca-se a ficar para a história pelas piores razões: poderá ser lembrado como o ano do regresso dos mortos-vivos de Hollywood. Dois bons exemplos: John Rambo e o Tubarão (Jaws). No entanto, encaro estas duas tentativas de reanimação com algum divertimento. Explico porquê.

Começando por Jaws, toda a gente sabe que há por aí muitos bichinhos destes no mar e que alguns deles atacam de vez em quando na costa. Mas há sempre um mauzão que se destaca e que mata mais do que os outros. Só que em alto mar. Pior ainda, agora parece que são desenvolvidos e ensinados pelo Homem (onde é que eu já vi isto...), ficam muito inteligentes e até sabem mais do que um miúdo de dez anos. Só é pena não conseguirem acertar no Euromilhões, mas paciência. Depois, vêm os bons - que no fundo não são assim tão bons, mas também não são maus - e matam-no. Claro que só sobrevive um dos bons, ou menos mau, que costuma ser a vítima no episódio seguinte. Foi o caso do Roy Schneider, herói em Jaws e servido como aperitivo em Jaws: The Revenge. Bye bye, Roy... que é como quem diz: Die already! Ora, em Jaws 5 o dito-cujo aparece maior-enorme-gigante-badmotherfucker, a ponto de conseguir saltar do mar e comer um helicóptero. Fantástico. Mas porque a esperança é a última a morrer, existe a possibilidade de este filme não passar sequer pelos grandes ecrãs, sendo imediatamente distribuído em DVD. Ainda bem que se chegou a falar no nome de James Cameron para o realizar...

Já o caso de Rambo é bem mais interessante. O "avô-guerrinhas" está de volta, mais velho, mais monocórdico e mais monossilábico do que nunca. Curiosamente, também voltou mais ávido de sangue. Quer-me parecer que ele no final do filme acaba por abrir um talho lá para as Indochinas. Já agora, John, aproveita o embalo e vai lá caçar o Tubarão, sempre ficas com carne na arca frigorífica para um ano.

Deixo-vos com a deliciosa trailer, na qual é possível encontrar uma frase que eu imediatamente adoptei como mote para o meu estilo de vida doravante: «When you’re pushed, kill is as easy as breathing». Temos poeta!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Edição extra... de riso!

Palavras para quê? Os artistas são bons artistas. Mais um programa que eu via desta vez na SIC Radical (canal no qual Sin Cities também passou durante algum tempo). Felizmente, consta que Edição Extra vai voltar a ser emitido já em Março (mais detalhes aqui). Vamos esperar para ver.
Até lá, deliciem-se durante alguns minutos com estes três clips de um dos best of. Eu acabei de o fazer e voltarei a vê-los certamente vezes sem conta. Porque rir é mesmo o melhor remédio!


Parte 1/3:



Parte 2/3:



Parte 3/3:

A cidade e o sexo... sem tabus!

Se há um programa que raramente perco na televisão, ele é Sin Cities. Resumindo, procura-se saber o que é que uma determinada cidade tem de mais curioso e exótico em termos de sexo, mas sempre numa boa onda... ou quase sempre. Isto porque existem dois apresentadores de serviço. Um deles, Ashley Hames, é que dá um speed incrível ao programa. Mesmo quando o conteúdo "roça" a pornografia!... é o chamado dar o corpo ao manifesto!!!
Infelizmente, Sin Cities dá tarde (por volta das 23h50) e apenas no canal FX, o que obriga a ter o pacote Funtastic Life. Mas a Internet é mesmo o futuro - eis uma amostra do que é possível ver. E naveguem à voltade pelos videos sugeridos no final. Muito bom.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Viagem a Paris - II


Quando cheguei a casa, não soube dizer o que é que tinha jantado. Muito honestamente, não foi uma resposta atirada para o ar - juro que não sei o que é que comi.
Há muito tempo que não tinha o "prazer" de apanhar um vôo que me permitisse saborear os luxos que o catering de terra proporciona ao gourmet aéreo. Eu tenho uma teoria que ainda hei-de comprovar: quem confecciona estes "pratos" para comer onboard nunca deve ter viajado de avião na vida. Ontem, a Air France brindou-me com o que está na foto. Sem qualquer descrição, tratava-se apenas de um recipiente em espécie de esferovite protegido por uma tela plástica e com um selo a atestar a data de embalamento e de validade. Limitei-me a abrir a embalagem e a empurrar goela abaixo o que lá estava dentro com a ajuda da Coca-Cola.
Posso não andar há muitos anos nesta vida, mas eu ainda sou do tempo em que serviam frango assado e peixe nos aviões, numa escala propocional ao espaço disponível para comer, claro está. Mas eram "pratos" decentes.
Pelo menos, neste aspecto a TAP sempre brindou decentemente o passageiro da classe económica. Eu sei que o preço dos bilhetes já não está tão alto e que os custos de transporte são cada vez maiores. Tem que se cortar em algum lado. Lembro-me perfeitamente do meu espanto quando, há coisa de uns seis anos, a Lufthansa(!)começou a brindar os passageiros da classe económica com sandochas ao almoço e ao jantar, regadas com uma frase qualquer de Mozart. Será que querem que a malta coma menos porque assim não pesa tanto e o avião gasta menos combustível ou estarão mesmo preocupados com a nossa saúde?

Viagem a Paris - I

A minha profissão tem destas coisas. De vez em quando, lá surge uma viagem, sendo o destino típico a Europa Ocidental. No inicio (há já quase dez anos...), confesso que isto até tinha a sua piada. A malta era jovem, as viagens tinham uma agenda porreira (trabalho mas com lazer), a disponibilidade era outra e havia muito para descobrir - apesar de ter tido a sorte de ter feito um Inter-Rail com um grupo de amigos na altura da universidade (isso fica para outro dia). A mistura era, portanto, perfeita.
Hoje isso já não acontece. Não só comecei a ser convidado para viajar em low-cost (não me quero "armar" em estrela, mas há limites para o aceitável - não esquecer de que se trata de um convite para uma viagem profissional), como também a moda do ping-pong há muito que pegou. Quero com isto dizer ir e voltar no mesmo dia. Foi o que me aconteceu ontem.
«Ah, fartas-te de passear» dizem os meus amigos e familiares. Pois bem. Levantei-me às 5h30 e cheguei a casa pelas 22h30... pelo meio, ficaram cinco horas passadas dentro de dois aviões, outras tantas numa sala de conferência de um hotel junto ao Arco do Triunfo (que não vi, mas ele devia lá estar), duas horas no aeroporto à espera do vôo de regresso e quase três horas dentro de taxis e transferes. O máximo que consegui pisar em Paris foi o chão entre a saída do Charles de Gaule e o transfer (e vice-versa) e entre o transfer e a entrada do hotel (e vice-versa). Tudo somado, não foram mais do que trinta metros.
Resumindo. Fui a Paris e a única recordação que consegui trazer foi esta porcaria desta foto...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A prova dos nove

Ontem estive pela primeira vez num espaço fechado livre para fumadores desde a entrada em vigor da Lei do Tabaco. Foi no Casino do Estoril - não pensem que fui para lá jogar, apenas estive na parte do auditório, para assistir a um espectáculo de hip-hop no qual entrava a minha querida sobrinha.
Sendo eu um não-fumador, confesso que desde Janeiro que sinto o ar mais limpo. Devo contudo sublinhar o meu lamento pelos fumadores qye viram a sua liberdade limitada de um dia para o outro. Mas também também não sou hipócrita e só tenho a agradecer pelo facto de hoje poder ir a um restaurante e sentir o cheiro da comida, de poder sair de lá sem ter o cheiro a tabaco entranhado na roupa. Uma coisa é certa - hoje é mais saudável estar em espaços fechados e isso só pode ser algo positivo.
Relembro que a Lei permite que os proprietários dos estabelecimentos possam optar por uma de duas situações: permissão ou proibição do consumo de tabaco. No entanto, aqueles que o permitirem devem garantir a boa qualidade do ar. E este é um ponto por onde muito se te pegado, sobretudo por parte de quem não está de acordo com a Lei - se não há métricas que permitam estabelecer estes parâmetros, então em que ponto ficamos... pois, meus amigos, devo dizer que eu posso oferecer-me como métrica: é impossível garantir a boa qualidade do ar a partir do momento em que, de repente, vinte pessoas sacam de um cigarro e o acendem. Volta tudo a ficar como estava. O fumo não desaparece por muito bons que sejam os extractores e os purificadores, o cheiro volta a entranhar-se no nariz e na roupa, o ambiente volta a ficar pesado. Mesmo que se trate de uma tarde reservada para crianças, volta a não haver respeito... por quem não fuma. Mesmo - reforço - sendo uma tarde dedicada a crianças e jovens.

Uma palavra de apreço para o meu irmão, que tão amavelmente foi para a rua fumar no intervalo e no final do espectáculo. Houvesse mais fumadores como ele. Já agora, rapaz... deixa lá o tabaco de vez!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Meu Alentejo (cantiga popular)


Eu não sei que tenho em Évora
Que de Évora me estou lembrando.
Ao passar o rio Tejo
As ondas me vão levando.

Ceifeira que andas à calma
À calma, ceifando o trigo
Ceifa as penas da minh’alma
Ceif’as e lev’as contigo.

Abalei do Alentejo,
Olhei para trás chorando
Alentejo da minh’alma
Tão longe me vais ficando.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

16 anos de Saudade

Parece que foi ontem que caíste na trapaça
Nem homem eu era quando me largaste a mão
Lágrimas já não correm, o tempo passa
As recordações diluem-se na memória escassa
Mas viverás para sempre no meu coração.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quem sabe, sabe...

... e o Nilton é que sabe!

Um mau exemplo para a classe

Aproveitando a boleia do último post, convido-vos a ver (ou rever - isto é um clássico, caramba!) um exemplo de como não representar a classe abaixo citada... bom riso!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ai, ai! Sua diabinha!

Há cada vez mais profissões em que a diferenciação é o principal factor de sucesso. Cada pessoa deve tentar ao máximo encontrar em si um elemento que a faça sobressair face à concorrência - seja o carácter de liderança, a capacidade de organização pessoal ou o espírito de grupo, há sempre qualquer coisa que se consegue destacar. No entanto, e apesar de vivermos numa época em que as ideias nos assaltam de todo o lado devido à constante estimulação visual que recebemos diariamente, parece que a imaginação começa a faltar nalgumas classes profissionais. Estou a pensar particularmente numa em que, tendo em conta a sua natureza, até nem deveria acontecer. Falo naturalmente das "acompanhantes" (ou escorts, que sempre é mais fino).

Todos os dias podemos ver nos jornais páginas e páginas de anúnicos entre as notícias do dia. Três, quatro linhas no máximo, algumas acompanhadas de uma imagem para estimular a imaginação. E depois é só códigos. Ele é rosas para a esquerda, bumbum para a direita, oral para aqui, 2ª oportunidade para acolá... mas o discurso é sempre igual, o que me leva a crer que, no fundo, elas fazem todas o mesmo. É preciso uma lufada de ar fresco para que este modelo de negócio, que tanto lucro dá à economia paralela deste país, não se esgote nem caia na deprimência.

Ah, já sei o que é que vai nessas cabeças por esta altura. "Mas que raio é que isto tem a ver com a imagem?!". Passo a explicar.

Já a tinha referido num post anterior, pelo que não será novidade. Sim, volto a pegar (em sentido figurado) em Linda Blair, cuja personagem em «O Exorcista» tem tudo o que é preciso para singrar neste mundo. Senão, vejamos os argumentos imbatíveis: O pescoço roda 360º; a língua vai daqui à Cochichina; a capacidade de levitação é uma inegável mais-valia; a postura corporal sugere um desejo carnal sempre presente; e a linguagem utilizada é do mais ordinário, badalhoco e, consequentemente, sugestivo que pode haver.

É certo que nem tudo são rosas - a questão da imagem, por exemplo, que não joga de todo em seu favor. Os lábios não são de seda e a pele não é delicada... a higiene poderia ser melhor, convenhamos. Mas, entre o deve e o haver, o balanço é claralente positivo.

"Acompanhantes" de todo o mundo, escutai-me: Esta é a verdadeira diabinha. Façam o favor de lhe seguir o exemplo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mãe, este Primeiro-Ministro é chato!



Conversa entre uma mãe e um filho pré-adolescente esta noite, ao jantar, enquanto viam a SIC.
-Mãe, este Primeiro-Ministro é chato! Não tem piada nenhuma!... e tem cara de sapo!
-Pois filho... é que este é qué é mesmo o Primeiro-Ministro. O outro é o Ricardo Araújo Pereira...

Ele há coisas... estúpidas!

Por mais voltas que dê à cabeça (não como Linda Blair, que dá vida à pequena Regan e ao seu belo vómito de esparregado "à lá Pazuzu" em «O Exorcista»), há uma coisa que não consigo perceber (bom, na verdade há muitas, mas esta é por demais evidente).
Mas por que razão é que alguém vê um lençol de água na estrada com um metro de altura à sua frente e, mesmo assim, decide avançar com o carro? Será uma espécie de tourada, com o condutor a fazer uma pega de cernelha? "Eh, lençol lindo! Ehpá Ehpá, vem lençol lindo! Anda cá se és macho!". Quem se lixa? O carro, que faz de cernelheiro (neste caso não há rabejador, mas na verdade o lençol de água também não tem rabo para pegar, não é...). Será uma espécie de Harakiri? "Não, carro, não avances". "Não vale a pena suplicares... não quero continuar a viver, agora que me vais dar como moeda de troca para uma carripana nova". "Não... não... NÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!..." (splash...). Mais uma vez, quem se lixa? Bem , desta vez é o dono, que fica sem o carro para dar em troca... tenho ainda uma terceira sugestão. "Olha tão giro, tanto carro a boiar... será que o meu também faz o mesmo?".

Agora a sério. Mais do que desafiar a sorte, é pura estupidez. Eu sei que neste país há muita, mas há limites. É que depois lá têm que ir os bombeiros e as demais forças de auxílio, que nestas alturas não têm mesmo mais nada para fazer...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

There's no place like sushi!


Esta foto, tirada há precisamente 24 horas, marca o momento mais saboroso do meu fim-de-semana. Devia haver o dia do sushi, uma espécie de feriado nacional. Só é pena ser tão caro... Rais parta! Mas por que é que não me sai o Euromilhões? Não era pela casa com piscina, nem pelo carro com 500 cavalos. Era mesmo só pelo sushi...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ò meu Tenente-Coronel, já sacou a última versão?

Pois é. Parece que há por aí militares da GNR que andam a usar software ilegal para fazerem os croquis dos acidentes de viação. A notícia foi avançada pelo jornal Correio da Manhã, na qual é possível saber quais são as ordens neste domínio: o croqui deve ser feito à mão ou em PowerPoint.
Ora, o comentário produzido pela Associação dos Profissionais da Guarda diz tudo: «Cada um vai-se desenrascando como sabe e pode». É bom saber que também a GNR vive o espírito tuga. "Ah e tal, nunca fui bom a educação visual, desenhava uns rabiscos e pouco mais e nem sequer sei tracejar uma rua...". Vai daí, entra na Internet e saca o programa. Simples. Já agora, aproveita também para sacar uns MP3, porque isto de fazer a AE para a frente e para trás todo o dia é chato.

Já se sabe que nem tudo neste país funciona às mil maravilhas. Mas saber que os investigadores e patrulheiros da Brigada de Trânsito da GNR consideram que nunhum destes sistemas é eficaz, que foi pedida ao comando-geral da GNR (há mais de um ano) a aquisição de um sistema para resolver esta situação e que têm que ser os próprios militares a usarem os seus computadores pessoais e software pirata para darem andamento aos processos é mau demais. Mau demais. Andamos mesmo a brincar aos países...

Já agora, permitam-me uma sugestão à ASAE e à Assoft. Num destes dias, naquelas rusgas que são feitas (e muito bem) nas feiras de Carcavelos e demais espalhadas por todo o Portugal, que tal fazerem também uma visita surpresa aos veículos da Brigada de Trânsito que costumam acompanhar a comitiva? E já pensaram nos carros dos ministros?... Quantos deles não gostam de fazer a AE a 250km/h a ouvir ópera? Quem sabe se, em grande parte dos casos, não será uma Cavalgada das Valquírias acabadinha de sacar num software de P2P?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Arte felina

Apesar de se tratar de uma actividade comercial explorada pela dona do "pequeno" Fritz, a ideia está muito boa. E o gato tem jeito! Podem conferir aqui.