Estava eu esta manhã a caminho do trabalho com o meu amigo JPT quando, antes de passar a Praça de Espanha, ele disse uma coisa curiosa: "Nem sei como é que é tão difícil apanhar táxi em Lisboa quando há tantos carros na faixa bus". Essa foi na mouche, meu caro! De facto, é incrível a quantidade de automobilistas que se fazem deslocar nas suas viaturas particulares e que utilizam a faixa reservada aos transportes públicos (e forças da autoridade - sim, que essas até se dão ao luxo de pisar uma raia na IC19, sair do carro logo a seguir sem o colete e mandar parar a primeira automobilista para fazer fiscalização, não esteja ela a cometer alguma infracção ao Código da Estrada...) sem qualquer tipo de problema. Eu chamo-lhe os "espertos", que mais não são do que indivíduos que pensam que são mais inteligentes do que os outros, os "basbaques". É um fenómeno em crescimento no nosso país e que merece um estudo mais aprofundado, tal é a sua polimorfologia social, cultural e até financeira.
No meu ponto de vista, a solução é simples. A autarquia lisboeta quis limitar o trânsito em bairros históricos como o Bairro Alto, certo? Por que é que não adoptou a mesma postura para a faixa Bus, com câmaras a vigiar os infractores, em vez de fazer aqueles traços amarelos nos cruzamentos sem qualquer utilidade ou de colocar limitadores em borracha facilmente transponívels? Não foram investidos milhares de euros em radares? Será que na faixa Bus não existe sinistralidade suficiente que justifique o investimento? Ah, pois, deve ser isso...
Para mim, resolvia-se assim a questão. Os "basbaques" podiam até manter o estatuto. Mas os "espertos" passavam a ser... "basbaques". E os transportes púbicos conseguiriam, quem sabe, cumprir com os horários.
quarta-feira, 12 de março de 2008
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1 comentário:
nem mais. é naquela onde do dinheiro mal gasto, certo? nunca vi tantos taxis com várias cores como vejo diariamente na Praça de Espanha... é uma vergonha. e cada vez que os vejo lembro-me que já me rebocaram o carro de um parque de estacionamento... isso sim, uma prioridade.
enfim
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