segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A prova dos nove

Ontem estive pela primeira vez num espaço fechado livre para fumadores desde a entrada em vigor da Lei do Tabaco. Foi no Casino do Estoril - não pensem que fui para lá jogar, apenas estive na parte do auditório, para assistir a um espectáculo de hip-hop no qual entrava a minha querida sobrinha.
Sendo eu um não-fumador, confesso que desde Janeiro que sinto o ar mais limpo. Devo contudo sublinhar o meu lamento pelos fumadores qye viram a sua liberdade limitada de um dia para o outro. Mas também também não sou hipócrita e só tenho a agradecer pelo facto de hoje poder ir a um restaurante e sentir o cheiro da comida, de poder sair de lá sem ter o cheiro a tabaco entranhado na roupa. Uma coisa é certa - hoje é mais saudável estar em espaços fechados e isso só pode ser algo positivo.
Relembro que a Lei permite que os proprietários dos estabelecimentos possam optar por uma de duas situações: permissão ou proibição do consumo de tabaco. No entanto, aqueles que o permitirem devem garantir a boa qualidade do ar. E este é um ponto por onde muito se te pegado, sobretudo por parte de quem não está de acordo com a Lei - se não há métricas que permitam estabelecer estes parâmetros, então em que ponto ficamos... pois, meus amigos, devo dizer que eu posso oferecer-me como métrica: é impossível garantir a boa qualidade do ar a partir do momento em que, de repente, vinte pessoas sacam de um cigarro e o acendem. Volta tudo a ficar como estava. O fumo não desaparece por muito bons que sejam os extractores e os purificadores, o cheiro volta a entranhar-se no nariz e na roupa, o ambiente volta a ficar pesado. Mesmo que se trate de uma tarde reservada para crianças, volta a não haver respeito... por quem não fuma. Mesmo - reforço - sendo uma tarde dedicada a crianças e jovens.

Uma palavra de apreço para o meu irmão, que tão amavelmente foi para a rua fumar no intervalo e no final do espectáculo. Houvesse mais fumadores como ele. Já agora, rapaz... deixa lá o tabaco de vez!

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